
Desde que a pandemia da Covid-19 foi anunciada, há um ano, o gasto do Executivo federal com salário de servidores afastados por integrarem o grupo de risco ultrapassou os R$ 450 milhões. Até fevereiro de 2021, pelo menos 11.940 funcionários públicos foram impedidos de desenvolver suas atividades, tanto no presencial quanto em casa.
Não há nenhuma ilegalidade na situação. A medida foi tomada como parte das ações de prevenção ao coronavírus, seguindo as diretrizes de segurança da saúde. Os trabalhos desse grupo, entretanto, normalmente não podem ser desenvolvidos em casa.
O levantamento é do (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, com base nos relatórios disponibilizados pelo Ministério da Economia no Portal de Dados Abertos do governo federal. O custo do afastamento varia conforme o salário do servidor e corresponde à remuneração total líquida dele nos meses ausentes.
Segundo nota da pasta comandada por Paulo Guedes, a decisão de afastá-los é “em função das medidas de prevenção ao contágio pelo coronavírus, enquanto durar a situação de emergência na saúde pública devido à pandemia, conforme orientações divulgadas pelo Ministério da Economia, na Instrução Normativa nº 109/2020“.