
Estádio de Volta Redonda ficou sem receber jogos durante quase um ano, teve gramado tratado contra pragas para partidas do Carioca e vira “abrigo” para times que tentam driblar decretos
Por Gustavo Garcia — Rio de Janeiro
Tradicional estádio de Volta Redonda, no Sul Fluminense, o Raulino de Oliveira passa por contrastes nesta pandemia.
Antes utilizado como hospital de campanha no combate a Covid-19, o Estádio da Cidadania, como também é chamado, neste momento estampa jornais por se tornar refúgio de clubes que tentam driblar decretos municipais de prevenção ao novo coronavírus.
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De hospital de campanha a refúgio do futebol paulista: Raulino de Oliveira vive contraste — Foto: Divulgação / Prefeitura de Volta Redonda
As tendas, os equipamentos médicos e toda a estrutura montada no gramado de abril a outubro de 2020 saíram de cena para que a bola voltasse a rolar no Campeonato Carioca 2021 – e agora no Campeonato Paulista, com a confirmação do jogo desta terça-feira entre Mirassol e Corinthians.
Anunciado em março do ano passado como espaço temporário para leitos de emergências, o estádio ficou quase um ano sem jogos. E acabou abandonado na transição da antiga gestão da prefeitura no fim de 2020.
O gramado foi castigado e sofreu até ataques de pragas. O túnel que liga os vestiários ao campo, por exemplo, ficou completamente alagado em determinado momento diante do descaso.
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Estádio Raulino de Oliveira passou por abandono no fim do ano passado — Foto: Geraldo Gonçalves/PMVR
Mas, nos últimos dois meses, logo após o fim do hospital de campanha, o estádio vem passando por reparos e recuperação do gramado com a nova gestão do município.
Melhorias foram feitas nas arquibancadas e em outras áreas também para sediar os jogos do Voltaço, time que carrega o nome da cidade, que fica a pouco mais de 300 km da capital paulista.
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Raulino de Oliveira teve a grama troca nos últimos meses — Foto: Divulgação/Prefeitura Volta Redonda
O campo, que teve a grama trocada, está em boas condições, como mostram imagens da última semana do estádio.
Somente um pequeno trecho de grama à direita das cabines de rádio, perto do túnel, é que ainda não está totalmente recuperado, mas esta parte não interfere tanto no andamento dos jogos.
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Imagens recentes do Raulino de Oliveira após a recuperação da grama — Foto: Caique Coufal/André Moreira/Volta Redonda
Desde o início do Campeonato Carioca, no início de março de 2021, o Raulino recebeu três partidas do Volta Redonda: contra o Madureira, contra o Vasco e o Macaé.
O confronto entre Mirassol e Corinthians será a quarta no Estádio da Cidadania, após o hiato de quase um ano de pausa.
Outrora, o local já foi a casa dos grandes do Rio em momentos em que o Maracanã estava fechado. Sediou decisões estaduais e já recebeu até mesmo um amistoso entre Itália e Fluminense, em 2014, antes da Copa do Mundo.
Neste momento de agravamento da pandemia no Brasil, porém, divide opiniões quanto ao seu uso – na última segunda-feira, a cidade de Volta Redonda, que tem pouco mais de 270 mil habitantes, registrou oito mortes por Covid-19 e chegou a 506 no total, com 21.480 casos registrados.
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Números de Covid-19 divulgados pela prefeitura de Volta Redonda — Foto: Divulgação
Nos bastidores, mesmo com os números crescentes, a gestão do município e alguns clubes, principalmente do Rio, acreditam que é possível transformar o Raulino em um verdadeiro “refúgio” para o futebol neste momento de restrições no Rio de Janeiro e São Paulo.
O pontapé inicial para isto deve acontecer nesta terça-feira, quando Volta Redonda abre as portas para delegações paulistas, já que Mirassol e Corinthians se enfrentam na cidade pela quinta rodada do estadual de São Paulo, às 21h (de Brasília), e outros jogos de times “forasteiros” estão previstos para serem realizados no local até o fim da semana.
Fonte: Globo Esporte