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Caso Robertinho: PMs são condenados por matar estudante e balear pai dentro de casa

28 de Junho de 2023

O júri condenou os réus do caso pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, fraude processual. Condenação aconteceu após série de adiamentos do julgamento.

Os policiais militares acusados de matar o adolescente Roberto Campos da Silva, conhecido como Robertinho, foram condenados nesta terça-feira (27), em Goiânia. O crime aconteceu em 2017, e o julgamento teve uma série de adiamentos.

O júri, presidido pelo juíz Lourival Machado, condenou os réus do caso pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, fraude processual.

Paulo Antônio de Souza Júnior foi condenado a 21 anos e 4 meses de detenção. Rogério Rangel Araújo Silva, recebeu a sentença de 10 anos e 8 meses de prisão. Cláudio Henrique da Silva, foi condenado também a 10 anos e 8 meses de detenção.

g1 entrou em contato com a defesa dos condenados, mas até a última atulização desta reportagem, não recebeu resposta.

Reús do caso Robertinho, acusados de matar o adolescente em Goiânia — Foto: Wildes barbosa/O popular

Reús do caso Robertinho, acusados de matar o adolescente em Goiânia — Foto: Wildes barbosa/O popular

No último mês de abril, o júri foi adiado após o advogado de defesa dos acusados apresentar um atestado médico. Por isso, foi remarcado e estava previsto acontecer na manhã do dia 17 de maio. Entretanto, o advogado de defesa fez um pedido de adiamento e apresentou um novo atestado médico em que alega que se machucou durante o final de semana.

Conforme o juiz, o atestado do advogado tem duração de 15 dias, mas participou de outro julgamento no dia 15 do mesmo mês. Por causa disso, a clínica que emitiu o documento será intimada para apresentar o prontuário dentro de 24h.

Em entrevista ao g1, Roberto Lourenço, pai da vítima, relatou os sentimentos sobre a morte do adolescente

“Parece que [a morte] foi ontem, é uma dor sem fim”, disse o pai.

g1 entrou em contato por e-mail com Polícia Militar para que a corporação possa se posicionar sobre o assunto, mas até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.

Relembre o caso

Segundo o processo, no dia 17 de abril de 2017, os três PMs, que faziam parte do serviço reservado, estavam à paisana, foram até a casa do ex-mecânico, que estava com o filho e a esposa, e desligaram o relógio de energia.

Assustado, Roberto pegou uma arma que tinha em casa, adquirida após sofrer um assalto, e deu um tiro para cima. Na sequência, foram dados vários tiros de fora da casa para dentro. Ainda de acordo com a investigação, Robertinho foi atingido por mais de dez disparos e morreu no local. Os militares, porém, alegaram legítima defesa.

Roberto também foi baleado e socorrido. Ele recebeu alta tempos depois, mas não se recuperou totalmente, pois ainda tem projéteis no corpo que não foram retirados, o que lhe causa uma série de dores. Os réus, Cláudio Henrique da Silva, Paulo Antônio de Souza Júnior, Rogério Rangel Araújo Silva, chegaram a ser presos, mas foram soltos quase três meses depois.

Fonte: g1

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