Goiás

Apesar do clima, Goiás tem município recordista mundial em produção de trigo

A cultura do trigo tem ganhado destaque em Goiás e, apesar do clima atípico para esse tipo de cereal, apresenta uma crescente. É o que revela a edição de setembro do boletim Agro em Dados. De acordo com o documento, 10 municípios estão entre os principais produtores do cereal, a maioria está localizada na região Norte. A publicação mensal é feita pelo governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

Embora comumente cultivado em regiões de clima frio, como no Rio Grande do Sul e Paraná, no caso do Brasil, o trigo tem encontrado boa adaptação para o Centro-Oeste brasileiro, sobretudo regiões de Cerrado, com ganhos em produtividade, volume e quantidade.

Para se ter ideia, o município de Cristalina, localizado a 177 km de Goiânia, detém o recorde mundial de produtividade diária. Lá se atingiu 80,9 kg/ha/dia em 2021 pela cultivar BRS 264 da Embrapa.

Conforme o Agro em Dados, levantamento da Embrapa Tropical aponta para 2,7 milhões de hectares que podem ser cultivados com trigo na região do Cerrado, incluindo Goiás, sem a abertura de novas áreas. “A área de cultivo vem crescendo no Estado, nos últimos anos, ao passo que a produção encontra resultados significativos, ano após ano, especialmente na região do Entorno do Distrito Federal, Nordeste Goiano e Catalão”, diz a publicação.

A estimativa é que Goiás produza 282 mil toneladas de trigo em 2023, se posicionando em 6º lugar no ranking nacional – o Estado ainda fica atrás do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais.

Vale destacar que os goianos são responsáveis por 2,7% da produção nacional do cereal.

Maiores produtores goianos

O boletim Agro em Dados aponta que, além de Cristalina, que lidera a produção, outros nove municípios se destacam na produção de trigo.

São eles: São João d’Aliança produz em média entre 12.801 e 27.138 toneladas; Luziânia e Água Fria de Goiás (5801 – 12800 ton) ; Cabeceiras e Formosa (93561 – 5800 ton); Campo Alegre de Goiás, Catalão, Alto Paraíso de Goiás e Niquelândia (2401 – 3560 ton).  

Fonte: Jornal Opção

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