Brasil

Ex-apresentadora da Record diz que foi demitida após denunciar assédio sexual

A jornalista Rhiza Castro afirma que foi demitida a Record News logo após denunciar que havia sofrido sexual. A rede não se pronunciou a respeito da denúncia, que é muito grave.

A demissão de Rhiza Castro ocorreu dois dias depois de sua denúncia. A apresentadora deixou a rede no início de 2023. Mas decidiu contar o que aconteceu somente agora.

Rhiza Castro processou a Record na Justiça Trabalhista (que decidiu em benefício da jornalista) e, noutro processo, o assediador. A jornalista relata, em vídeo, que fez a denúncia ao setor de recursos humanos da Record, apresentando, inclusive, as provas do assédio. “Denunciei no RH da Record. Fui lá pessoalmente, conversei com o diretor do RH, e ele me pediu que mandasse um e-mail com algumas provas. Fiz isso, e dois dias depois veio a minha demissão. A justificativa foi ‘corte de gastos’, e nunca mais falaram absolutamente nada”, afirma.

Possivelmente por recomendação de seu advogado, Rhiza Castro não menciona o nome do assediador, mas admitiu que se trata de um diretor da Record. Ela teria sido assediada durante um ano. “Sofri retaliações porque obviamente não cedi […] Talvez eu tenha sido a única mulher com coragem, porque sei de várias outras que sofreram na mão dessa pessoa, assim como eu. É muito triste porque acabamos nos sentindo invalidadas, como profissional e mulher”, sustenta.

No boletim de ocorrência registrado na polícia, Rhiza Castro relata que tem mensagens do diretor da Record que provam o que denunciou. “Foram meses recebendo muitas mensagens. Tenho todas elas, e isso me ajudou a provar o assédio. [O diretor] fazia convites para jantar, tirava fotos minhas e me mandava elogiando, e falava coisas do tipo: ‘Assim meu coração não aguenta’. Até presentes ele já me deu. Foram muitas diretas e indiretas”, afirma.

De acordo com o advogado da apresentadora, Thiago Anastácio, a Justiça do Trabalho, na sentença, teria confirmado o assédio sexual. Se quiser, a Record pode recorrer.

Fonte: Jornal Opção

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