O Comando Vermelho, alvo da megaoperação de hoje, está por trás das mortes dos três médicos de São Paulo na semana passada
Rio de Janeiro e Brasília – Mais de mil homens das forças de segurança do Rio de Janeiro fazem, nesta segunda-feira (9/1), uma megaoperação em comunidades sob o domínio do Comando Vermelho (CV), facção de traficantes de drogas por trás das mortes de três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, na semana passada.
Sete pessoas foram presas até o fim da manhã.
Os policiais cercam e fazem incursões por céu e terra no complexo da Maré e na Vila Cruzeiro, na zona norte, assim como na Cidade de Deus, na zona oeste. Até agora, dentro da Maré, há operações somente nas áreas comandadas pelo CV – demais localidades sob comando da milícia e do Terceiro Comando Puro (TCP) não estariam no foco da ação.
De acordo com a polícia, pelo menos 100 mandados de prisão estão sendo cumpridos. Nomes como Wilton Carlos Rabelho Quintanilha, o Abelha, e Edgar Alves de Andrade, o Doca, estão entre os alvos.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, no Complexo da Maré, 44 unidades escolares foram impactadas, afetando 16.138 alunos. Já Na Vila Cruzeiro, 14 unidades escolares tiveram que ser fechadas e 5.143 alunos ficaram sem aulas. Por fim, na Cidade de Deus, as unidades de ensino tiveram o horário de entrada adiado.
Helicópteros atingidos em megaoperação
Fontes disseram ao Metrópoles que dois helicópteros das forças de segurança, um da Polícia Militar e outro da Polícia Civil do Rio de Janeiro, teriam sido atingidos por tiros de fuzil e precisaram fazer pousos de emergência. Não há notícia de feridos. Há relatos de intensos tiroteios em todas as favelas.
A megaoperação de hoje teria como objetivo prender lideranças do CV que ordenaram o homicídio de quatros traficantes, achados mortos dentro de carros na noite de quinta-feira passada. Esses homens teriam sido executados em um tribunal de Justiça paralelo, por terem se enganado e assassinado os ortopedistas, quando tentavam matar um miliciano rival.
Em uma das ações no Complexo da Maré, a polícia descobriu um laboratório de refino de drogas e produção de explosivos
Fonte: Metrópoles