Governo lança plataforma de renegociação de dívidas nesta segunda (9/10), e a principal preocupação é a acessibilidade via sistema gov.br
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), 13% dos 32 milhões de brasileiros negativados que estão aptos a participar do programa Desenrola não têm cadastro no Gov.Br. O processo é obrigatório para acessar a plataforma de renegociação de dívidas do programa, lançada nesta segunda-feira (9/10).
Durante o evento para apresentar o site que fará o intermédio entre negativados e credores, Haddad manifestou preocupação com a acessibilidade. Apenas os brasileiros que têm certificação ouro ou prata no sistema estarão aptos a iniciar os financiamentos e pagamentos do Desenrola já nesta segunda-feira.
De acordo com a pasta, cerca de 42% dos CPFs registrados no site do Desenrola estão nessas categorias. A outra parcela de brasileiros, cerca de 45%, tem certificação bronze e precisa fazer o upgrade para usar efetivamente a plataforma e sair do vermelho.
“Só 13%, mas é um número alto, não tem nenhum tipo de certificação, nem bronze, nem ouro nem prata. Nosso objetivo é fazer com que as pessoas saibam como proceder para limpar o seu nome e poder voltar, normalmente, ao mercado de consumo, ao mercado de crédito”, declarou o ministro.
A nova fase do Desenrola é destinada à Faixa 1, que tem como alvo consumidores com o nome negativado que ganham até dois salários mínimos (R$ 2.640) ou inscritos no CadÚnico. Nesta etapa, serão renegociadas as dívidas até R$ 5 mil, ou entre R$ 5 mil e R$ 20 mil. O prazo para renegociações é até 31 de dezembro de 2023.
“O programa pode atingir 32 milhões de CPFs. Um total de 21 milhões de CPFs se enquadra na Faixa 1, ou seja, até 2 salários mínimos e até 5 mil de dívida. Estamos falando de 21 milhões de pessoas que podem resolver a sua dívida, já renegociada. Outras 11 milhões de pessoas poderão se valer do desconto, por financiamento próprio”, detalhou Haddad.
Fonte: Metrópoles