Com o sexto voo da Força Aérea Brasileira (FAB) de Israel para o Brasil, chegando nesta quinta (19), o País terá repatriado 1.135 cidadãos brasileiros (e 24 pets). Até o momento, 916 já estão em terras nacionais, sendo, oficialmente, pelo menos 14 goianos, conforme Giordano Souza, chefe de Gabinete de Assuntos Internacionais de Goiás. De acordo com ele, “o estado não foi informado por familiares” de outros.
Os últimos quatro chegaram no dia 13 de outubro. Um deles, o violinista e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Alessandro Borgomanero, que conversou com o Mais Goiás.
Ele estava em um hotel, em Jerusalém, com a esposa e os cunhados, quando houve o ataque do Hamas, no último dia 7. O grupo que faria turismo religioso era formado por 41 pessoas. Quatro goianos. No avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que os trouxe, vieram 69 pessoas, além da tripulação. Os nove tripulantes viajaram em pé para trazer mais brasileiros.
Sobre o período no estrangeiro, Borgomanero revela que as sirenes eram constantes. Todas as vezes que tocavam, era preciso ir para o abrigo antibombas do hotel. “Tínhamos medo das sirenes.”
Ainda segundo ele, logo no início do conflito foi feito um formulário na embaixada brasileira e, na terça, uma pessoa do grupo recebeu a informação dos voos. “É importante elogiar o governo federal, por meio da embaixada, que organizou ônibus de Jerusalem para o aeroporto e nos ajudou, levou para o embarquqe”, celebrou.
Inclusive, o resgate dos brasileiros, que teve início logo após a declaração de guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas, foi batizado de Operação Voltando em Paz. Foram cerca de 1,7 pessoas que pediram o resgate ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) por meio de um formulário on-line, segundo dados atualizados do Itamaraty, nesta quarta (18).
De acordo com o governo, são 14 mil brasileiros vivendo em Israel e 6 mil na palestina. A maioria deles fora da área de conflito. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, diz que ainda existe um grupo de 150 brasileiros interessados em sair de Israel e voltar para o Brasil.
“Seria necessário mais um ou dois voos. A embaixada em Tel Aviv distribuiu esses formulários, tem recebido e organizado uma ordem de prioridades, crianças idosos e pessoas doentes.” Ele, entretanto, não detalhou um novo cronograma.
Fonte: Mais Goiás