A greve dos atores continua a afetar a economia de Hollywood. No último trimestre, o volume de produções audiovisuais em Los Angeles caiu 41% em relação ao mesmo período em 2022.
A informação vem da FilmLA, órgão que gerencia as permissões para gravações na cidade. A entidade também confirma que setores não relacionados com o sindicato também reduziram a produção, incluindo realities de televisão, em 23%, e comerciais, em 26%. A produção de TV roteirizada, por sua vez, caiu em 99% no comparativo, resultado da paralisação simultânea dos artistas e dos roteiristas.
Enquanto isso, as negociações entre o sindicato dos atores, o SAG, e a aliança dos produtores de Hollywood, a AMPTP, foram suspensas novamente na semana passada após um impasse entre os dois grupos, que dizem que as ofertas estão muito distantes do ideal.
Segundo a revista Variety, a distância tem um valor: US$ 480 milhões por ano, o equivalente a cerca de R$ 2,4 bilhões. O número seria a diferença entre o que é pedido pelo SAG e o que a AMPTP oferece no tocante aos pagamentos residuais pela audiência de filmes e séries no streaming.
Enquanto o sindicato busca por US$ 500 milhões, ou pouco mais de R$ 2,5 bilhões, a aliança dos estúdios e plataformas quer pagar US$ 20 milhões, o equivalente a R$ 100 milhões.
A revista também diz que as negociações estagnaram nas discussões sobre inteligência artificial e aumentos no salário mínimo. Mas o que afastou a AMPTP das discussões são os residuais, e os dois lados têm explicações diferentes para o movimento: enquanto o sindicato diz ter ficado surpreso com o recuo da aliança, a AMPTP afirma que recebeu um ultimato do SAG, entre a aprovação em todos os termos ou a continuidade da greve. Não há uma previsão da retomada das negociações.
Fonte: Mais Goiás