A partir deste domingo (22/10) a conta de energia vai ficar mais cara em Goiás haja vista que o reajuste de pelo menos 6,49% autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) passará a valer para a Equatorial Energia. O percentual vai atingir residências e pequenos comércios. Já os consumidores de alta tensão terão uma redução de 5,3%.
No total, 3,3 milhões de unidades em 243 municípios goianos são atendidos pela Equatorial Energia. Os consumidores residenciais que estão dentro da faixa B1, terão aumento de 6,49% enquanto os de baixa tensão, como rural, industriais rurais, comércio, serviço e iluminação pública (B1, B2, B3 e B4) terão um reajuste de 7,08%.
Contudo, consumidores de alta tensão, como indústrias e empresas de médio ou pequeno porte (A1, A2, A3 e A4) terão redução de 5,3%. A Aneel justifica o reajuste alegando que houve amplo debate por meio de consulta pública que chegou a contar com sessão presencial em Goiânia e contribuições via e-mail entre 26 de julho e 1º de setembro deste ano.
O reajuste acontece em meio a uma nova crise energética que Goiás vive. Mesmo com a troca da Enel pela Equatorial, a companhia de energia enfrenta dificuldades no fornecimento do serviço. O problema é geral e alcança todos os municípios goianos.
Mesmo alegando investimentos na ordem de R$ 1,3 bi, a Equatorial reconhece as dificuldades e joga a responsabilidade no histórico de falta de investimentos das empresas que faziam a gestão do serviço até a nova concessionária assumir.
Em coletiva à imprensa, no fim do mês passado o presidente da empresa, Lener Jayme, disse que a Equatorial encontrou em Goiás, desde que passou a operar no estado, uma estrutura “extremamente degradada”, justamente pela falta de investimentos.
Além disso, ele apontou aumento de praticamente 7% na carga de energia em todo o país em função da onda de calor. Em Goiás, algumas regiões superaram 16%, o que considera algo fora da curva, o que, com uma rede degradada, que sofre sobrecarga acaba gerando os “desarmes”.
As transmissoras de energia no estado também apresentaram problemas, segundo o presidente, na capital e no Sul de Goiás. Aliado a isso, há problemas nas redes internas de condomínios, por exemplo, que não estão preparadas para o novo padrão de consumo e acaba gerando as quedas.
As explicações não convenceram os deputados que aguardam Lener em uma audiência marcada para o próximo dia 28 de outubro, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. Os parlamentares chegam a ameaçar abertura de CPI caso as respostas sejam insatisfatórias.
Fonte: Mais Goiás