O Centro de Previsão Climática da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos anunciou na quinta-feira, 8, o início do fenômeno conhecido como El Niño. No entanto, cientistas estão preocupados com a possibilidade de um outro fenômeno chamado Super El Niño, que poderia elevar a temperatura média do planeta em até 2,5°C ainda este ano.
Enquanto o El Niño é responsável pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico próximo à linha do Equador, o Super El Niño é uma versão mais intensa e com consequências ainda mais devastadoras. Ambos os fenômenos têm efeitos que podem ser sentidos em várias partes do mundo, incluindo a ocorrência de desastres naturais, mas sua periodicidade é imprevisível.
Segundo Michelle L’Heureux, cientista do clima da NOAA, novos recordes de temperatura podem ser esperados. “A mudança climática pode agravar ou mitigar certos impactos relacionados ao El Niño. Por exemplo, o El Niño pode levar a novos recordes de temperatura, principalmente em áreas que já experimentam temperaturas acima da média durante esse fenômeno”, explica L’Heureux.
No Brasil
Na região Norte e Nordeste, o fenômeno causa um grande aumento das temperaturas e prolonga os períodos de seca e estiagem. O que poderá desequilibrar a fauna local e registrar um aumento nos incêndios florestais.
Por outro lado, nas regiões Sudeste e Sul, o El Niño gera um aumento na quantidade de chuvas e poderá provocar elevação dos níveis dos rios, enchentes e desmoronamentos.
Fonte: Jornal Opção