Calorão: RJ tem sensação térmica de 58,5°C; veja mais cidades afetadas

De acordo com Inmet, pelo menos 2,7 mil cidades devem ser afetadas pela onda de calor que atinge especialmente o Sudeste e Centro-Oeste

O Rio de Janeiro registrou 58,5 °C às 9h15 desta terça-feira (14/11), a maior sensação térmica desde 2014. A medição foi feita pela estação do serviço municipal de meteorologia Alerta Rio em Guaratiba, na zona oeste da cidade. No momento, os termômetros marcavam 35,5 °C.

Desde a chegada da onda de calor que afeta diversos estados brasileiros, o Rio de Janeiro já havia registrado o dia mais quente do ano no domingo (12/11), com temperatura de 42,5 °C, e a sensação térmica de 52 °C na manhã dessa segunda (13/11).

O recorde de calor de hoje é o maior desde que o Alerta Rio começou a fazer as medições de temperatura na cidade. O órgão informa que as duas outras maiores sensações térmicas deste ano foram 58,3 °C, em 17 de fevereiro, e 58 °C, em 4 de fevereiro.

O intenso calor registrado principalmente no Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil deve continuar ao longo de toda a semana, e a ausência de nuvens no céu torna ainda mais perigosa a exposição à radiação solar e a sensação de calor.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) estendeu para até sexta-feira (17/11) o alerta vermelho (de perigo) para 15 estados e o Distrito Federal. Mais de 2,7 mil cidades podem ser afetadas. Além disso, 10 capitais federativas devem sofrer mais com o tempo.

Segundo o Inmet, alertas dessa natureza só são emitidos quando se espera um fenômeno meteorológico de “intensidade excepcional, com grande probabilidade de ocorrência de grandes danos e acidentes, com riscos para a integridade física ou mesmo à vida humana”.

Unidades federativas em alerta vermelho pelo calor:

  • Amazonas
  • Rondônia
  • Pará
  • Maranhão
  • Mato Grosso
  • Mato Grosso do Sul
  • Tocantins
  • Goiás
  • Paraná
  • São Paulo
  • Minas Gerais
  • Bahia
  • Piauí
  • Espírito Santo
  • Rio de Janeiro
  • Distrito Federal

Esta é a quarta onda de calor que o Brasil vive no segundo semestre deste ano. Com isso, o consumo de energia está maior. Na segunda-feira (13/11), o país alcançou um novo recorde de demanda do setor energético. A marca atingida foi de 100.955 megawatts (mw) de energia de demanda instantânea de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Veranico
A onda de calor chegou em uma época do ano em que, normalmente, a estação chuvosa já está estabelecida e em que as nuvens funcionam como uma espécie de controle das temperaturas. A ausência dessa defesa, segundo a meteorologista do Inmet Anete Fernandes, potencializa os efeitos do fenômeno climático.

“Quando a gente tem ausência de chuva nesta época do ano, que chamamos de veranico, a ausência de nuvens favorece uma grande incidência de radiação na superfície, que é o que está acontecendo agora. Então, as temperaturas se elevam muito”, explicou.

Agência Brasil

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