Por conta das chuvas volumosas, tornados e queda de granizo, diversos moradores perderam móveis, roupas e até mesmo tiveram as casas levadas pela chuva.
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Santa Catarina tem ao menos 180 cidades em situação de emergência por conta dos estragos causados pelos eventos climáticos de outubro e novembro. Em função das chuvas volumosas, tornados e queda de granizo, diversos moradores perderam móveis, roupas e até mesmo tiveram as casas levadas pela chuva.
Moradora de Rio do Sul, uma das cidades do Vale do Itajaí que decretou estado de calamidade, a chefe de cozinha Ednéia Ferla contabiliza os estragos da casa. A residência ficou coberta por lama após a água da enchente que chegou no teto baixar.
“Tudo que eu tinha, tudo jogado fora, não sobrou nada, nem roupa. É triste, sabe. É triste ver as coisas da gente acabar assim, do dia para a noite”, lamenta.
Também moradora de Rio do Sul, Cristiane Gerônimo da Silva precisou sair de casa rapidamente por conta da enchente que atingiu o local onde mora com a família. Na pressa, não conseguiu levar nenhum pertence.
“Essa é a terceira enchente onde eu moro. A gente saiu, mas não conseguimos tirar mais nada. Perdemos tudo, tudo. Nada temos. Graças à Deus temos saúde, que é o que resta. E força para trabalhar e construir tudo de novo”, disse.
Dono de uma das casas interditadas em Vidal Ramos, também no Vale do Itajaí, Adilson Da Cruz conta que na madrugada de sábado (18) foi acordado pelo barulho e logo correu para fora com a família. Ele e outras três famílias precisaram deixar uma área que registrou movimentação de terra por causa da chuva.
“Só deu tempo de eu sair com a minha mulher. Peguei a minha menina pelos braços e saí de lá correndo. Rachando tudo. Não sabíamos o que era, achando que era um terremoto”, disse.
No estado, a agricultura também foi muito prejudicada e chegou a R$ 4 bilhões de prejuízo, segundo o governo estadual. Em Itajaí, por exemplo, as plantações de hortaliças, como melancia, alface, couve-chinesa, cebolinha, rúcula e brócolis foram completamente perdidas.
Além disso, as ramas de aipim também foram atingidas:
“Esse último alagamento pior ainda, porque foi muito rápido. Essa rama aqui molha e não tem mais como plantar, já não tem mais força, principalmente nessa época”, explicou o produtor rural Tiago Etges.
Fonte: g1