Uma professora do Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (CAIC), localizado em Jataí, na região sudoeste de Goiás, foi flagrada empurrando e arrastando uma menina de 6 anos pelo braço dentro da sala de aula. O incidente ocorreu no dia 7 de dezembro, mas só foi comunicado à polícia na sexta-feira, dia 15.
A avó da criança denunciou a situação, alegando que sua neta sofreu maus-tratos. Em seu depoimento, ela afirmou ser a responsável pela menina, uma vez que a mãe reside no exterior e o pai apenas a registrou. A avó ainda disse que esse foi o primeiro ano que a neta começou a frequentar a escola.
Segundo a menina, a professora teria feito comentários negativos sobre seu comportamento. Ela relatou que a professora a chamava de desinteressada, desobediente e debochada, além de afirmar que ela não conseguia realizar as tarefas propostas.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) do município informou que abriu um processo administrativo para investigar a denúncia. Possíveis medidas disciplinares serão aplicadas. De acordo com a secretaria, a professora já foi afastada do cargo e a situação da menina será acompanhada de perto.
Castigo
A avó relatou aos policiais que, ao retornar da escola, a neta reclamava de dor ao urinar. Após conversar com a menina, ela descobriu que a professora não permitia que ela fosse ao banheiro. A criança ainda mencionou que a professora retirava seu horário de recreio como forma de punição por não ter realizado a tarefa de maneira “correta”.
A menina também teria se queixado de beliscões aplicados pela educadora. No entanto, a avó afirmou que nunca notou nenhum machucado ou hematoma no corpo da neta. Em setembro deste ano, a avó informou que visitou a escola para conversar com a coordenadora e uma professora de apoio da instituição de ensino. Durante a reunião, as profissionais não expressaram queixas sobre o comportamento da estudante e demonstraram interesse em auxiliar a menina na escola.
A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso. A identidade da professora não foi divulgada e, por isso, não foi possível localizar a defesa dela.
Fonte: Mais Goiás