Três golpes e fraudes mais comuns nas compras de fim de ano

Goiânia – Fim de ano é uma época que todos se preparam para ir às compras. Durante o período, os lojistas e comerciantes fazem de tudo para estimular as vendas: estendem os horários de funcionamento, desenvolvem sorteios, promoções e decoração especial para atrair os clientes. Com mais consumidores procurando por presentes, aumenta também a preocupação com a possibilidade de fraudes em todo o Brasil. 

Para se ter uma ideia, mais de 8 milhões de pessoas foram vítimas de golpes financeiros em dezembro de 2022, segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Com o objetivo de alertar a população neste período, a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) fez um levantamento dos golpes e fraudes mais comuns.

A iniciativa faz parte da Campanha Tem Cara de Golpe, da própria associação, que tem como objetivo orientar a população sobre o tema, visando à prevenção. “Precisamos ter em mente que os golpistas estão cada vez mais engenhosos e, na época das festas de final de ano, aproveitam-se do aumento das vendas e da busca por ofertas e descontos, para aplicar ainda mais golpes nos consumidores”, alerta a presidente da ABBC, Sílvia Scorsato. 

Confira os principais golpes e saiba como se proteger:

1. O Golpe com cartões é um dos mais comuns, podendo ser usado em diversos tipos de pagamento físico. Entre as modalidades está o da maquininha com o visor quebrado: o golpista avisa que a tela está com defeito e diz que você pode conferir o valor da compra pelo aplicativo do celular dele. Só que, na verdade, o preço cobrado na maquininha é muito superior ao que aparece no celular. Caso o visor da maquininha esteja quebrado ou com algum defeito, se recuse a fazer o pagamento. Também é necessário cuidado com a troca de cartão. Ocorre quando você o entrega na mão do “vendedor” para o uso na maquininha. O golpista observa sua senha enquanto você digita, e, na hora de devolver, entrega outro cartão. Se, ao digitar a senha, seus números ficarem visíveis, já é um indício de clonagem. Quando fizer uma compra com o cartão de crédito ou débito, procure não entregar o cartão ao vendedor. Se o fizer, verifique se o cartão devolvido é realmente o seu.   

2. O Golpe com uso de link falso também é um dos mais populares no Brasil.  Neste tipo, o criminoso busca acesso a senhas e dados pessoais após enviar um e-mail ou mensagem de celular com um link suspeito. Também chamado de phishing (pescaria, em inglês), o golpe pode vir maquiado como um sorteio, cobranças urgentes ou ofertas. Para se prevenir, o consumidor deve se atentar a possíveis erros ortográficos e abordagens com tom de urgência ou ameaça. Outra dica é checar a veracidade do endereço da URL, que pode ser similar ao de sites legítimos, mas com diferenças bem sutis, como troca de posição de letras.   

3. O Golpe do uso indevido de marcas acontece quando o criminoso faz contato por telefone, e-mail ou mensagem se passando por representante de alguma loja famosa. O golpista pede para a vítima acessar determinado site, que, na verdade, é um perfil falso com cópias perfeitas da identidade visual da loja para enganar os compradores e vender produtos e serviços que nunca serão entregues. Como prevenção, confira se a empresa tem site oficial e se os dados de contato são legítimos; desconfie de ofertas boas demais para ser verdade; e antes de fazer compras online, verifique se a URL do site está correta. Na dúvida, entre em contato com a empresa por meio dos canais de comunicação oficiais.   

A ABBC também recomenda atenção com a segurança dos dispositivos móveis. Smartphones, tablets e outros dispositivos portáteis facilitam o dia a dia do consumidor, mas também são muito visados por bandidos. O celular, por exemplo, pode ser vulnerável a diversos crimes, como estelionato, fraudes financeiras, extorsão digital e softwares maliciosos, que infectam o dispositivo e impedem que a vítima acesse seus próprios arquivos. Como prevenção, é aconselhável não deixar o dispositivo com a tela visível em espaços públicos, instalar um antivírus confiável, não baixar nem compartilhar softwares desconhecidos ou que não estejam na loja de aplicativos do seu sistema operacional, utilizar bloqueios de tela e manter os aparelhos com aplicativos sempre atualizados.   

Fonte: A Redação

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