Em discurso na abertura da 37ª Cúpula da União Africana, neste sábado (17/2), na Etiópia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a extrema direita internacional e citou uma dívida história do Brasil com a África. Ele defendeu uma nova governança mundial através da atuação de países africanos e da América Latina, no que chama de “Sul Global”.
Apesar de salientar que o Brasil não tem “todo o dinheiro”, “todo o conhecimento científico e tecnológico” e “a força” que ele gostaria que tivesse, Lula indicou que o país quer compartilhar tudo o que possui, “muito ou pouco”, com os países africanos.
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Ao defender uma nova governança mundial, ele considerou que “já não vigoram as teses do Estado mínimo”.
“O Sul Global está se constituindo em parte incontornável da solução para as principais crises que afligem o planeta. Crises que decorrem de um modelo concentrador de riquezas, e que atingem sobretudo os mais pobres – e entre estes, os imigrantes. A alternativa às mazelas da globalização neoliberal não virá da extrema direita racista e xenófoba. O desenvolvimento não pode ser privilégio de poucos”, discursou.
Fonte:metropoles