Alexandre de Moraes pode obrigar Bolsonaro a usar tornozeleira

Com o passaporte confiscado desde o dia 8 de fevereiro, Bolsonaro foi recebido pelo embaixador da Hungria, Miklos Tamás Hamal, quatro dias após a apreensão

Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes. | Foto: Divulgação

Antes de ser efetivamente preso pela Polícia Federal (PF), Jair Bolsonaro deve sofrer sanções e ter que cumprir medidas cautelares determinadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Por risco de fuga, o ex-presidente pode ser obrigado a usar tornozeleira eletrônica enquanto é investigado pelo Supremo. Isso porque com o passaporte confiscado desde o dia 8 de fevereiro, Bolsonaro foi recebido pelo embaixador da Hungria, Miklos Tamás Hamal, quatro dias após a apreensão.

Sem o documento, ele estaria impedido pela Lei de deixar o país pelas vias regulares. A informação foi revelada pelo The New York Times, e segundo o jornal, funcionários da diplomacia húngara foram orientados a trabalhar em casa, sem explicação, no período em que Bolsonaro esteve na Embaixada. Bolsonaro deve ser preso pela PF só depois de julgado pelo Supremo. Enquanto isso, precisa ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República e ter prisão referendada pela maioria dos ministros.

Em nota, a defesa de Bolsonaro afirmou que é de conhecimento público que o ex-mandatário do país mantém bom relacionamento com o premier húngaro.

Nota da defesa de Bolsonaro

“O ex-Presidente da República Jair Bolsonaro passou dois dias hospedado na Embaixada da Hungria em Brasília para manter contatos com autoridades do país amigo.

Como é do conhecimento público, o ex-mandatário do país mantém um bom relacionamento com o premier húngaro, com quem se encontrou recentemente na posse do presidente Javier Milei, em Buenos Aires.

Nos dias em que esteve hospedado na embaixada magiar, a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo atualizando os cenários políticos das duas nações.

Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos e são, na prática, mais um rol de fake news”.

FONTE: JORNAL OPÇÃO

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