‘Demissões’ ocorrem no mesmo dia que a Agência cancelou um contrato de R$ 28 milhões
Seis auxiliares do primeiro e do segundo escalões da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) tiveram exoneração na terça-feira (9). A ‘demissão’ pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil) ocorre, conforme apurado pelo O Popular, na mesma data em que a Goinfra cancelou um contrato de R$ 28 milhões.
Este contrato, que é alvo da Controladoria Geral do Estado (CGE), é investigado em sigilo. Ele foi assinado em junho do ano passado (R$ 22,3 milhões) com a Prime e teve um aditivo em março deste ano (R$ 5,58 milhões). A empresa é responsável por reformas de prédios, entre eles os Palácios das Esmeraldas e Pedro Ludovico Teixeira, e os exonerados teriam relação com o acordo.
Segundo o Portal da Transparência, a empresa recebeu R$ 14,5 milhões da Goinfra, sendo que o valor de empenhos (reservados no Orçamento) passa de R$ 17 milhões. Em 5 de abril, três dos seis exonerados assinaram notificação da suspensão do contrato.
Ainda sobre a suspensão, consta “solicitação de ação corretiva em inspeção de contrato”. Além disso, há a determinação para que a empresa “interrompa imediatamente todos os serviços que se encontram em andamento”. Na terça (9), o titular da pasta, Lucas Vissoto, despachou autorizando a rescisão do contrato, bem como a abertura de processos administrativos e de responsabilização contra a Prime, conforme o veículo de comunicação. A determinação seria por transgressões disciplinares contra ex-servidores.
A empresa, que recebeu o documento no último dia 8, afirmou ao O Popular que cobrará explicações sobre a paralisação do contrato, que tem 31 frentes de serviços em andamento, com aproximadamente 100 funcionários. Também afirmou desconhecer irregularidades.
Ainda sobre as exonerações, o governo informou, em nota, que as “substituições de servidores foram realizadas para aprimoramento da gestão, visando a entrega do plano de obras da Goinfra”. Não houve informação sobre os substitutos no decreto de exoneração.
O Mais Goiás também procurou a Goinfra para esclarecimentos sobre a investigação e a exoneração. Até o fechamento não houve retorno.
FONTE: MAISGOIÁS