410 mil alunos da rede pública de Goiás terão acesso à rede móvel gratuita na volta às aulas

Os chips fornecerão acesso à internet móvel 4g, com 60GB para serem utilizados por 12 meses

Programa Conectividade Móvel do Governo de Goiás distribuirá tablets e chips de dispositivos móveis para alunos e professores em situação de vulnerabilidade social | Foto: Reprodução/Seduc

Cerca de 410 mil alunos da rede pública estadual de Goiás receberão acesso gratuito à internet através do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). O programa de conectividade para os alunos da rede tem investimento de R$ 83 milhões dos cofres estaduais e compõe os R$ 3,5 bilhões do fundo. Os chips fornecerão acesso à internet móvel 4g, com 60GB para serem utilizados por 12 meses. O programa conta ainda com 28 mil tablets adquiridos pelo governo estadual e oferecidos a alunos e professores.

Além de promover a inclusão digital de 22 milhões de crianças e adolescentes cujas famílias estejam cadastradas no CadÚnico, o programa conta com uma tecnologia para dar segurança ao ensino híbrido. O chip recebido pelos alunos é a porta de acesso para um ambiente de ensino gerenciado pelos profissionais da educação. Os alunos são conduzidos a uma trilha de aprendizado individualizada, com controle de desempenho, assiduidade e tarefas, e só conseguem navegar nos endereços web permitidos pela secretaria de educação.

A tecnologia inclui um filtro de conteúdo hospedado na nuvem que bloqueia acessos a conteúdos nocivos. “Anteriormente, os governos usavam chips convencionais e sistemas de bloqueio de conteúdo instalados nos aparelhos. Com isso, os estudantes podiam facilmente burlar o sistema e usar o pacote de dados custeado pelo poder público para outros fins, como consumir conteúdos de entretenimento”, diz Rivaldo Paiva, CEO da Base Mobile, startup de Pernambuco responsável pelo desenvolvimento da solução.

Paiva lembra que o Brasil registrou uma onda de casos de violência em escolas, em ações coordenadas e estimuladas pela internet. “No caso de escolas que oferecem aos alunos acesso gratuito à internet, o controle sobre os conteúdos é importante para garantir que as ferramentas digitais sejam usadas com segurança para fins educacionais”, explica Ricardo Castellini, coordenador de educação para a mídia, na Irlanda, do Observatório Europeu de Mídia Digital, principal iniciativa de educação midiática da União Europeia.

“O controle de conteúdo é importante pois as crianças e adolescentes, segundo Castellini, pois eles ainda estão em processo de formação da capacidade crítica e nem sempre conseguem avaliar com segurança e confiança a qualidade dos conteúdos a que são expostos.“

FONTE: JORNAL OPÇÃO

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