Autenticidade da obra foi confirmada após uma perícia científica
Obra de Tarsila do Amaral (Foto: Reprodução)
Uma obra inédita de Tarsila do Amaral, intitulada “Paisagem 1925”, foi recentemente descoberta e autenticada após levantar suspeitas durante a SPArte, a maior feira de arte da América Latina, realizada em abril na capital paulista. A pintura, apresentada pela galeria OMA, gerou controvérsias entre galeristas, com alguns afirmando que a obra era falsa, principalmente devido à sua ausência no catálogo raisonné da artista.
A autenticidade da obra foi confirmada após uma perícia científica conduzida pelo novo Comitê do Projeto de Certificação e Catalogação da artista, que envolveu uma análise rigorosa utilizando métodos científicos avançados. Esses métodos incluem exames físico-químicos, radiografia, espectrografia e escaneamento, realizados em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e o Laboratório Móvel de Análises de Obras de Arte do Instituto Federal do Rio de Janeiro da Universidade Federal Fluminense.
Paola Montenegro, sobrinha-bisneta de Tarsila do Amaral e atual gestora da Tarsila S/A, foi responsável por implementar um novo modelo de autenticação das obras da artista, enfatizando a necessidade de análises científicas além do conhecimento familiar. Ela contratou o perito Douglas Quintale, conhecido por sua atuação em casos complexos de arte, para liderar o comitê responsável pela certificação.
Segundo o Metrópole, o proprietário da obra é Moisés Mikhael Abou Jnaid, descendente de uma família brasileira-libanesa. A tela foi um presente de casamento dado em 1925 e permaneceu no Brasil até 1976, quando foi levada para Zahle, no Líbano. A obra retornou ao Brasil em dezembro de 2023.
Fonte: Mais Goiás
