Primeira-dama é o principal nome do caiadismo ao Senado

Gracinha: defesa de chapa única (foto divulgação)
O gesto foi público, calculado e simbólico. Ao defender enfaticamente uma aliança entre União Brasil, PL e MDB, a primeira-dama Gracinha Caiado mandou um recado direto à base governista: ou se une, ou repete o fracasso de 2022.
Gracinha, hoje o principal nome do caiadismo para o Senado, sabe que a eleição já começou nos bastidores.
E não esconde a preferência: uma chapa única, com os melhores nomes definidos por pesquisa, bom senso e, se possível, sem vaidades.
A defesa do PL na aliança não é gratuita. Após anos de ruídos nas eleições de 2022 e nas costuras para 2024, o ambiente entre bolsonaristas e caiadistas começou a descongelar. A aproximação entre Caiado e Bolsonaro na pauta da anistia e o gesto do PL de não recorrer contra a inelegibilidade do governador abriram espaço para diálogo. E é nesse clima de reconciliação que Daniel Vilela também aposta.
Gracinha faz o papel de ponte: reafirma valores da centro-direita, se mostra afinada com Bolsonaro e, ao mesmo tempo, ajuda a consolidar o nome de Daniel como cabeça de chapa. Ao defender que “a eleição passada já mostrou que diferente não dá certo”, ela também joga pressão sobre aliados que sonham com o Senado, mas ainda não têm densidade eleitoral.
No fundo, o que Gracinha sinaliza é simples: o grupo no poder tem a máquina, tem nomes viáveis, mas precisa evitar uma guerra interna. O PL é bem-vindo, desde que entre no barco e reme junto. Quem quiser dividir, que se prepare para o risco de perder de novo.
FONTE: MAIS GOIÁS