Apesar de repasses do PNAE, falta de merenda escolar ainda é realidade em escolas de Formosa
Mesmo com o envio regular dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) para o município de Formosa, Goiás, a merenda escolar tem faltado em diversas unidades da rede pública de ensino. A situação tem gerado indignação entre pais, estudantes e profissionais da educação, que veem o problema prejudicando diretamente o direito básico à alimentação de milhares de crianças e adolescentes.
O PNAE é uma política pública federal que repassa recursos financeiros aos estados e municípios para garantir a alimentação escolar de alunos da educação básica da rede pública. Os valores são transferidos mensalmente pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e cabe à gestão municipal organizar, executar e fiscalizar a compra e a distribuição dos alimentos.
Segundo informações disponíveis no portal do FNDE, Formosa tem recebido os repasses normalmente. No entanto, mesmo com esses recursos chegando ao município, a realidade nas escolas é preocupante: faltam alimentos básicos, os cardápios muitas vezes não são cumpridos, e há registros de escolas onde os alunos passaram dias sem qualquer refeição.
A ausência da merenda escolar afeta diretamente o desempenho e a permanência dos estudantes na escola, especialmente daqueles em situação de vulnerabilidade social, para os quais a alimentação fornecida na unidade de ensino representa uma das principais refeições do dia. Além disso, a falta de transparência na gestão dos recursos e a ausência de fiscalização eficaz têm contribuído para a perpetuação desse problema.
Pais e responsáveis cobram respostas da Secretaria Municipal de Educação e exigem maior compromisso com a alimentação dos estudantes. Conselhos escolares e entidades da sociedade civil também têm se mobilizado para fiscalizar a aplicação dos recursos do PNAE e cobrar ações concretas por parte da gestão municipal.
Diante da gravidade da situação, é essencial que haja um esforço conjunto entre poder público, comunidade escolar e órgãos de controle para garantir que os recursos destinados à merenda escolar cheguem efetivamente às mesas dos alunos. A alimentação escolar não pode ser tratada como algo secundário — é um direito assegurado por lei e uma condição fundamental para o aprendizado e o bem-estar das crianças e adolescentes.
