Pia Sundhage aposta na experiência da camisa 10 para comandar o ataque ao lado de Debinha
02/08/2023
É decisão? Então a Seleção Brasileira vai ter Marta desde o início contra a Jamaica em busca da classificação para as oitavas de final da Copa do Mundo Feminina. A camisa 10 será titular e vai comandar o ataque da equipe de Pia Sundhage ao lado de Debinha. O Brasil vai para campo com: Letícia, Antonia, Kathellen, Rafaelle, Tamires, Luana, Kerolin, Adriana, Ary Borges, Debinha e Marta
Essa pode ser a última partida de Marta em uma Copa do Mundo, mas a rainha garante que isso não a atrapalha. “Estou tão focada na partida que não parei para pensar que esta pode ser minha última coletiva em uma Copa do Mundo, porque não vai ser. Estou confiante e acredito que vamos seguir na competição”, afirmou na véspera do confronto.
O Brasil enfrenta a Jamaica nesta quarta-feira, às 7h (de Brasília) com um único objetivo: vencer. Qualquer outro resultado vai significar a eliminação da seleção brasileira. A partida, válida pelo Grupo F, coloca o time da técnica Pia Sundhage sob pressão. Apesar de estar atrás da seleção jamaicana no grupo, o Brasil é considerado favorito para o jogo.
O favoritismo existe por uma razão. A Seleção Brasileira jamais perdeu ou empatou com a Jamaica no histórico do confronto. Em 2019, no último Mundial, as duas equipes se enfrentaram na primeira rodada e o Brasil ganhou por 3 a 0. Apesar do histórico favorável, a equipe nacional está evitando o salto alto. Em entrevista coletiva na véspera da partida, Pia elogiou o time jamaicano, destacando a velocidade da equipe e o ótimo jogo realizado contra a França. De acordo com ela, a partida está aberta e tudo pode acontecer. “Um empate 0 a 0, a Jamaica está dentro, um 1 a 0 para o Brasil, nós estamos dentro. Um gol muda o jogo totalmente. Então, é claro que estamos preparadas para isso.”
Após uma ótima atuação contra o Panamá, o Brasil penou contra a França. Os dois gols tomados no jogo contra as europeias ressaltaram um antigo problema da equipe de Pia: o jogo aéreo. Dos 42 gols sofridos pelo time sob comando da sueca, 11 foram de cabeça. Ao ser questionada sobre isso, a treinadora afirmou que não vê problema em cometer um erro, contanto que se aprenda com ele.
“Temos a vantagem agora de falar dessa situação e ver como podemos nos ajudar. É óbvio o que aconteceu, mas achamos que estávamos preparadas, e não aconteceu, cedemos o gol. Contra a Jamaica, a mesma coisa são as bolas paradas. Trouxemos isso, e as jogadoras compartilharam seus sentimentos e como podemos nos ajudar. Elas sabem o que queremos, agora temos algumas ações para melhorar e não fazer com que isso aconteça de novo.”
A preocupação com as bolas altas não parece ser exagero. Khadija “Bunny” Shaw, principal jogadora jamaicana, retorna a equipe após cumprir suspensão contra o Panamá. Alta, ela mede 1,82m, a atacante do Manchester City é um perigo quando o assunto é cabeçada. “A Bunny Shaw é forte na bola aérea. Estava suspensa, mas vai voltar. Temos que estar ligadas”, disse a zagueira Rafaelle.
Fonte: Terra