Morta e enterrada: três são presos por assassinato brutal de mulher no Areal

Ingrid Michelli Siqueira Pinheiro, 38 anos, foi encontrada esquartejada e enterrada em área de mata do Areal.

Ingrid Michelli tinha 38 anos e vivia em situação de rua – (crédito: Material cedido ao Correio)

A Polícia Civil do DF (PCDF), por meio da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), prendeu três homens responsáveis pelo assassinato de Ingrid Michelli Siqueira Pinheiro, 38 anos. A mulher foi encontrada esquartejada e enterrada em uma área de mata do Areal, em 14 de agosto. 

Segundo a polícia, o crime foi cometido com requintes de crueldade: Ingrid foi decapitada e esquartejada. Depois, enterrada em uma cova rasa numa região chamada Curral. Os autores do crime foram presos entre 19 de agosto e esta quarta-feira (27/8). Foram detidos um homem de 19 anos, no Curral; um de 25, também no Curral; e o terceiro, de 23 anos, em Pirenópolis (GO).

Trajetória

Em entrevista exclusiva ao Correio, Indiane Eglyn Pinheiro Almeida, uma das irmãs de Ingrid, relatou o drama. Indiane relata que fez questão de reconhecer o corpo, mesmo em meio à brutalidade do crime. “Eu queria ver minha irmã, independente do jeito que ela estivesse. E o que vi foi muito triste: ela estava sem os olhos, decapitada, com os braços amarrados, nua e já em estado avançado de decomposição. Ela não estava nem enterrada, apenas jogada em um buraco”, descreve, emocionada. “Foi um requinte de crueldade.”

A vítima, segundo a irmã, não era moradora de rua, como chegou a ser especulado. Ela havia sido internada em uma clínica particular de Brasília, mantida clandestinamente, da qual fugiu. A família pagava R$ 1,5 mil de mensalidade pela internação. “Eu fui a Brasília várias vezes, coloquei fotos da minha irmã em vários lugares, pedindo ajuda para encontrá-la. Nossa luta foi muito grande, e encontrá-la dessa forma é devastador”, afirma.

Indiane destaca que a irmã tinha uma vida estruturada, mas sonhos interrompidos. “Ela estava se formando em enfermagem, tinha três filhos: um que estuda Direito e segue carreira no Exército, uma filha prestes a completar 18 anos e um menino de 5 anos, autista. Ela não fazia mal a ninguém, só a ela mesma. Entrou nesse mundo por uma infelicidade, por amizades. Mas não era ladra, não era uma ‘noiada’, como estão falando. Isso dói muito na gente”, lamenta.

FONTE : CORREIO BRAZILIENSE

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