Empresários enviaram mensagens assinadas por Bolsonaro com ataques ao STF; confira

Mensagens recentemente obtidas pela coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, revelam que empresários sob investigação da Polícia Federal (PF) por disseminar conteúdo antidemocrático e notícias falsas compartilharam mensagens no grupo “Empresários & Política” com críticas ao ministro Alexandre de Moraes e ao sistema democrático, supostamente em nome de Jair Bolsonaro (PL). Essas mensagens foram enviadas por Meyer Nigri e Luciano Hang, que estão sob investigação, bem como por Nelson Piquet e Emilio Dalçoquio, que não são alvos de inquéritos.

As mensagens de Nigri insinuam, sem apresentar evidências, a possibilidade de fraudes nas eleições de 2022 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com o inquérito da PF, Nigri atendeu a um pedido de Bolsonaro ao compartilhar um texto crítico ao ministro Luís Roberto Barroso. O então presidente solicitou que o texto fosse divulgado massivamente. Nigri não era o único a seguir esse padrão.

Diversos empresários no grupo compartilhavam mensagens que terminavam com a assinatura “Presidente Jair Bolsonaro”. Embora não seja possível verificar a origem exata dessas mensagens, elas eram atribuídas ao marido de Michelle, e algumas delas foram de fato compartilhadas pelo presidente na época, afirma o colunista.

Em 17 de maio, às 22h02, Meyer Nigri enviou um texto supostamente assinado por Bolsonaro, abordando uma ação judicial que o político havia iniciado contra Alexandre de Moraes, acusando-o de abuso de autoridade. Em junho, Jair compartilhou um vídeo sobre a situação do Brasil e perguntou se as pessoas estavam prontas para a guerra, pedindo para assistir e repassar. Essa mensagem foi enviada ao grupo de empresários por Nigri, Luciano Hang e Nelson Piquet. A gravação consistia em um discurso público de Bolsonaro sobre a tentativa de desarmamento da população.

Em 11 de junho, às 11h33, Nigri compartilhou uma mídia no grupo, e quando indagado sobre o remetente, respondeu que havia recebido de Bolsonaro. Às 9h11 do dia 26 de junho, Nigri encaminhou aos empresários um texto recebido de Jair, no qual o então presidente acusava Barroso de interferência nas eleições e questionava a lisura do processo eleitoral, sem apresentar evidências.

Meyer Nigri tinha o hábito de compartilhar textos que criticavam a atuação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e levantavam dúvidas infundadas sobre a integridade do processo eleitoral.

Os empresários Nigri, Hang, Piquet Dalçoquio não responderam aos pedidos de resposta do Metrópoles.

Fonte: Mais Goiás

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