Dez pessoas foram indiciadas por envolvimento em esquema de fura-filas voltado a procedimentos estéticos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Goiás. A ação é resultado de investigação conduzida pela Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR).
Os investigados devem responder pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico de influência, inserção de dados falsos em sistema de informação e posse de apetrechos para falsificação. O esquema foi desfeito durante uma operação realizada em fevereiro deste ano.
Segundo informa o delegado Danilo Victor Nunes de Souza, o grupo desarticulado era composto por particulares e agentes públicos. Os membros atuavam na capital e em diversos municípios do estado de Goiás, mediante a captação de pacientes e inserção de dados falsos no sistema de regulação médica.
As pessoas contempladas estavam normalmente fora dos critérios para a realização do procedimento.
As investigações mostraram que diversas pessoas pagaram propina para intermediários e operadores do sistema de regulação médica, para que pudessem realizar cirurgias pelo SUS. Além disso, esses pagadores seriam beneficiados na fila de procedimentos médicos, ocasionando a ocupação indevida de posições privilegiadas na fila de procedimentos.
Somente um dos envolvidos teria sido responsável por realizar quase 2 mil inserções no sistema apenas nos últimos seis meses de 2022. Os operadores do esquema chegam a receber R$ 5 mil para viabilizar cada irregularidade.
A Polícia Civil ainda descobriu que o grupo criminoso atuava não somente no âmbito do sistema de regulação, mas também mediante acesso a outros sistemas de outras unidades de saúde, inclusive em casos de compras de senhas para acesso indevido.
Fonte: Mais Goiás