Paolla Bastos Neiva e o companheiro também são suspeitos de lavar dinheiro do tráfico de drogas. Casal teve R$ 1,5 milhões em bens bloqueados.
Paolla Bastos Neiva é procurada pela polícia em Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil
O advogado da jovem procurada junto com o companheiro por suspeita de duplo homicídio e tentativa de homicídio alegou que ela sofre perseguição por ser “jovem, bonita e bem-sucedida”. O casal Valter Esteves de Bessa Júnior e Paolla Bastos Neiva também é suspeito de lavar dinheiro do tráfico de drogas e teve R$ 1,5 milhões em bens bloqueados por ordem da Justiça.
“Durante a instrução processual, será demonstrado sua inocência, pois está sendo vítima de perseguição, por ser jovem, bonita, empresária, e bem-sucedida financeiramente”, disse o advogado Welder Miranda.
Segundo a Polícia Civil, Valter e Paolla cometeram um duplo homicídio em Mato Grosso motivado por disputadas de facções criminosas. Conforme o advogado Welder Miranda, Paolla não conhecia as vítimas e não tinha desavença com elas – leia a nota na íntegra ao final do texto.
Welder Miranda também representa Valter Esteves de Bessa Júnior. No entanto, o advogado disse que, sobre o caso dele, a defesa só vai se pronunciar depois da audiência de instrução e julgamento.
Valter Esteves de Bessa Júnior e Paolla Bastos Neiva, procurados pela polícia por duplo homicídio — Foto: Divulgação/Polícia Civil
A operação policial que bloqueou o dinheiro do casal e apreendeu uma caminhonete de luxo teve início na última terça-feira (25), em Goiânia. A investigação aponta que Valter, conhecido como Valter do Quebra Caixote, tem uma posição elevada dentro de uma facção criminosa do tráfico de drogas.
De acordo com o delegado Rhaniel Almeida, Paolla movimentou cerca de R$ 3 milhões em suas contas bancárias sem ter nenhum tipo de trabalho lícito. Segundo a Polícia Civil, a caminhonete de luxo apreendida é avaliada em R$ 250 mil e foi registrada no nome da mãe de Paolla.
Caminhonete de luxo apreendida durante operação policial — Foto: Divulgação/Polícia Civil
Operação
De acordo com a Polícia Civil, a operação surgiu após uma ação policial feita no início do ano, que cumpria mandados de prisão e busca e apreensão contra suspeitos de matar traficantes em Mato Grosso. De acordo com o delegado Rhaniel Almeida, durante os cumprimentos dos mandados, foi encontrada uma identidade falsa de Valter, o que levou a polícia a incluir o casal na lista de investigados.
De acordo com a Polícia Civil, a sogra de Valter, que também colaborava com a lavagem de dinheiro, gerenciava o recebimento da droga e recebia os aluguéis de imóveis que pertenciam ao suspeito. Rhaniel Almeida informou que os imóveis eram frutos do tráfico feito na capital .
A divulgação da imagem do casal foi autorizada pela Polícia Civil, para auxiliar no reconhecimento e prisão dos suspeitos.
Leia nota na íntegra da defesa da Paolla Bastos Neiva:
O advogado Welder de Assis Miranda, que representa as investigadas, fazendo a defesa de três pessoas: Paolla Bastos, Luzia Bastos e Kethelen Beatriz.
Primeiramente, os fatos apresentados são inverídicos. Paolla não foi no estado do Mato Grosso matar nenhuma das vítimas, nem deu ordem para a consumação do fato.
Em segundo lugar, a defesa informa que no dia do fato em que as vítimas foram mortas, os autores foram homens. Paolla não conhecia as vítimas, nunca tendo tido nenhuma desavença com as mesmas.
Não há filmagem do crime, interceptação em desfavor de Paolla, ou mensagem dando ordem para que as vítimas fossem mortas, pagamento ou promessa de pagamento para que o crime fosse consumado.
Paolla está à disposição do Delegado de Polícia do Mato Grosso e da DENARC para elucidar os fatos, pois não tem qualquer participação direta ou indireta na consumação do fato.
Durante a instrução processual, será demonstrada sua inocência, pois está sendo vítima de perseguição por ser jovem, bonita, empresária e bem-sucedida financeiramente.
Fonte: G1