Presidente do Sindicato alega insatisfação com demora em discussão junto ao Poder Público
Policiais Cívis em assembleia da categoria (Foto: Divulgação)
Agentes da Polícia Civil em Goiás devem se reunir nesta terça-feira (27) para discutir o plano de reestruturação da carreira da corporação. O ato convocado pelo Sindicato dos Policiais Civis no Estado de Goiás (Sinpol) busca soluções diante da demora nas negociações junto com o governador Ronaldo Caiado (União Brasil).
O sindicato alega que dentro da estrutura da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSPGO), a carreira da corporação apresenta a pior entre todas as estruturas como a Polícia Militar e Polícia Técnico Científica. “É válido dizer que, com dados oficiais da Confederação Brasileira de Trabalhadores da Polícia Civil, que fez um levantamento nacional, Goiás aparece no 17º lugar como a corporação que tem salários mais baixos para os que terminam a carreira”, salienta o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol), Renato Rick.
Rick faz menção ao ranking elaborado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Polícia Civil (Cobrapol). No levantamento, divulgado no começo de fevereiro, um agente da da Polícia Civil do Estado de Goiás terminaria a carreira com um salário médio de R$ 12.784,89. “A paciência dos agentes já se deu por vencida e por isso vamos deliberar soluções diante da falta de valorização por parte do Poder Público”. destaca, Renato Rick.
A classificação ainda pode piorar haja vista que o Governo do Rio Grande do Norte enviou um projeto de reestruturação da carreira para a categoria que vai apresentar uma melhoria no piso salarial da corporação. “E nós nem estamos reivindicando o piso. Queremos mesmo é um projeto atraente para toda a carreira”, salienta.
“Até o momento, não há nenhuma posição de melhoria de condições na corporação por parte do Governo de Goiás, o que deixa os agentes ainda mais apreensivos. Temos uma promessa por parte do governador que ainda não foi cumprida. Estamos ansiosos diante de uma reestruturação”, pontua o presidente.
Com salários baixos, Renato alega que a corporação em Goiás não atrai novos servidores. “Antigamente, as pessoas entravam na Polícia Militar e depois faziam questão de um concurso para migrar a Civil. Hoje é o contrário. Estamos perdendo agentes para outros estados que apresentam melhores condições de serviço para o policial”, destaca. É o que os policiais civis vão deliberar na Assembleia da categoria feita nesta terça-feira (27).
Por meio de nota, a Secretaria-Geral de Governo (SGG) respondeu que a negociação vigente com a categoria é referente a data-base, que deve ser atualizada levando em conta o INPC de 2023. Veja o posicionamento na íntegra:
O aumento da data-base aos servidores públicos se restringe à Lei Complementar 159/2017, que instituiu o Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A legislação estabelece que o teto do reajuste é definido conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) referente ao ano anterior. O INPC de 2023 fechou em 3.71%. A lei a que o governo estadual está submetido restringe os aumentos da data-base a esta porcentagem.
FONTE: MAIS GOIÁS