A semana abre com a expectativa pela segunda reunião da equipe de transição da prefeitura da capital, marcada para a tarde desta segunda-feira (11).
A reunião tem como foco organizar a mudança de gestor de Goiânia, mas nos bastidores a expectativa é grande por conta de alguns desgastes recentes e não previstos.
O mais novo imbróglio foi o veto do prefeito Rogério Cruz (SD) a artigos de emendas no Programa de Recuperação de Créditos Tributários, Fiscais e Não Tributários (Refis 2024), sobre o qual o próximo prefeito, Sandro Mabel (UB), está de olho. Os vetos de Cruz concentram os pagamentos no resto de gestão que ele tem pela frente até dezembro, enquanto o futuro prefeito deseja receber um quinhão dessas dívidas a partir de janeiro.
Atento a isso, e a outros pontos de insatisfação nos vetos, Mabel articula com o presidente da Câmara, Romário Policarpo, a derrubada dos vetos essa semana. Policarpo, inclusive, integra a equipe de transição.
Antes mesmo desse percalço no aparente bom relacionamento entre o atual e o próximo prefeito, houve o desgaste de a Prefeitura de Goiânia ter sido a única a não inscrever a capital para receber verba federal para investir em educação de tempo integral. A alegação da prefeitura de que precisava garantir contrapartida não colou e Mabel foi até Brasília após o escândalo de que a cidade foi prejudicada, quando apenas para vagas em Cmeis a fila tem 10 mil crianças aguardando e sobraram promessas na campanha desse ano para reduzir ou eliminar essa fila. O desfecho ainda é incerto.
Apesar da importância e da magnitude dos dois problemas, não é certo que eles entrem na pauta da reunião da comissão nesta segunda. O encontro está previsto para as 14h, no auditório do Paço Municipal, reunindo representantes do atual prefeito, Rogério Cruz e do prefeito eleito, Sandro Mabel.
Em princípio, a expectativa é de que os dados que já foram solicitados pelos representantes da equipe do prefeito eleito à Prefeitura de Goiânia sejam entregues pelos da equipe atual.
O processo de transição tem sido realizado após eleições mais recentes como método de transparência e equilíbrio para as futuras administrações na medida em que permitem conhecer os cenários administrativos e financeiros. Com isso fica mais assertivo que não haverá interrupções em serviços básicos, mas sim a continuidade e a estabilidade deles.
A transição é regulamentada pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e por instruções do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO). Entre outras informações é fornecido o levantamento dos contratos, folha de pagamento, dívidas e programas sociais, por exemplo.
Integrantes da Comissão de Transição de Goiânia
A equipe de transição de Sandro Mabel é composta pelo coordenador, Paulo Ortegal, e Francisco Elisio Lacerda, Marcos Roberto Silva, Valdivino José de Oliveira, Francisco Rodrigues Vale Júnior, Andrey Azeredo Sales de Souza Campos Araújo, Euler Lázaro de Moraes, Jairo da Cunha Bastos, Marcelo Caixeta, Gabriela Machado Silveira Tejota, Gisele Pereira Campos Faria, Luiz Gaspar Machado Pellizzer, Erizânia Freitas, , o vereador Romário Policarpo e a vice-prefeita eleita, Cláudia da Silva Lira
Da atual gestão da prefeitura, fazem parte o procurador-geral do Município, José Carlos Ribeiro Issy, o controlador-geral Bruno Rabelo Müller Salomão, o secretário-executivo da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), Rafael Lúcio de Souza Olinto Meirelles, o chefe de gabinete do prefeito, José Alves Firmino; secretário-executivo de Governo, Hyulley Machado; secretário de Finanças, Cleyton Menezes; secretário de Educação, Danilo Azevedo; secretário-executivo da Saúde, Quesede Ayres Henrique; assessor especial técnico da Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Urbana, Alexandre Garcez e o secretário de Governo, Jovair Arantes.
Fonte: Marília Assunção
Foto: Secom Goiânia
