Aumento de casos de dengue em Goiás pode impactar no tempo de internação, alerta SES

O cenário dos casos de dengue em Goiás tem preocupado as autoridades de saúde, que alertam para a possível ampliação do tempo de espera por internações. A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) revelou em coletiva de imprensa na última quinta-feira, 8, que o Estado já contabiliza seis óbitos e 11.923 casos confirmados da doença apenas nos primeiros dias deste ano.

A situação é caracterizada por um rápido aumento nos diagnósticos de dengue, especialmente do sorotipo 2. Esse crescimento, conforme exposto pela SES, impacta diretamente no número de hospitalizações. Nos primeiros 8 dias de fevereiro, foram registradas 194 internações, comparadas às 485 confirmadas ao longo de janeiro, que incluíram casos de dengue e Chikungunya. O número já representa mais da metade das internações de dezembro de 2023, totalizando 211.

O subsecretário de Vigilância e Atenção Integral à Saúde da SES, Luciano de Moura Carvalho, alertou para a possível extensão do tempo médio entre a solicitação de internação e a liberação do paciente para o leito. Atualmente, esse período é de 6 horas, mas a tendência é de aumento devido à escalada de casos. O profissional destacou que a maioria das hospitalizações envolve “jovens adultos” na faixa etária de 35 a 55 anos, um dado que causa grande preocupação dada a limitação da rede de saúde.

Diante do quadro, a SES implementou um gabinete de crise estadual para monitorar informações sobre atendimento, insumos, hospitalizações e unidades de saúde municipais. Recomendações de cuidados preventivos, criação de gabinetes municipais (52 implementados até agora) e a abertura de 60 leitos exclusivos para pacientes com dengue fazem parte das ações empreendidas até o momento.

O subsecretário ressaltou a importância da prevenção, enfatizando a necessidade de evitar focos de água parada e descarte inadequado de lixo. Além disso, a SES incentiva o consumo abundante de água em caso de contaminação para evitar complicações que possam levar à necessidade de UTI. “O período entre o início do sintoma e o óbito está muito curto. Então é preciso que o próprio cidadão tenha o seu cuidado e não chegue a situação de precisar de uma UTI”, alertou o profissional.

Fonte:podergoias

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