Aeronave trouxe 211 passageiros que estavam no país atacado pelo Hamas. Outros cinco voos devem repatriar brasileiros nos próximos dias.
O avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que resgatou o primeiro grupo de brasileiros que estava em Israel, pousou em Brasília durante a madrugada desta quarta-feira (11). O voo, que partiu de Tel Aviv na terça-feira (10), durou cerca de 14 horas.
A aeronave KC-30 deixou Israel com 211 passageiros. Até domingo (15), outros cinco voos devem sair do país para o resgate de brasileiros que estão na região, segundo o Itamaraty.
A GloboNews apurou que o governo deu prioridade a famílias com crianças, idosos, pessoas com deficiência ou enfermos.
Os brasileiros que desejam deixar Israel precisam preencher um formulário de inscrição disponibilizado pela Embaixada do Brasil em Tel Aviv.
Terça-feira (10): avião KC-30, com até 210 passageiros. Faz voo sem escalas e pousa à 1h de quarta-feira (11) em Brasília.
Quarta-feira (11): avião KC-30, com até 210 passageiros. Faz voo sem escalas e pousa às 23h do mesmo dia no Galeão, no Rio.
Quinta-feira (12): avião KC-390, com até 60 passageiros. Faz paradas em Lisboa (Portugal), na Ilha do Sal (Cabo Verde) e no Recife, e depois desembarca às 11h de sexta (13) em Guarulhos (SP).
Sexta-feira (13): avião KC-30, com até 210 passageiros. Faz voo sem escalas e pousa às 23h do mesmo dia no Galeão, no Rio.
Sábado (14): avião KC-30, com até 210 passageiros. Faz voo sem escalas e pousa às 23h do mesmo dia no Galeão, no Rio.
Após a chegada ao Brasil, os passageiros serão transportados até seus destinos finais de forma gratuita. O governo informou que fechou uma parceria com a Azul Linhas Aéreas para as viagens dentro do país.
No caso dos brasileiros que estão em territórios palestinos, ainda não há uma confirmação sobre a organização de voos de resgate. Isso acontece devido às dificuldades logísticas e de segurança.
No entanto, o Itamaraty já anunciou que alugou um ônibus para retirar 26 brasileiros que estão na Faixa de Gaza. O governo aguarda uma autorização do Egito para conduzir a operação.
O Ministério das Relações Exteriores disponibilizou contatos de emergência para auxiliar brasileiros que estão no Oriente Médio. Veja a seguir:
Escritório em Ramala: +972 (59) 205 5510
Embaixada em Tel Aviv: +972 (54) 803 5858
Plantão consular geral, em Brasília: +55 (61) 98260-0610
O que aconteceu em Israel?
▶️ Como foi o ataque? As ações se concentraram perto da fronteira da Faixa Gaza, de onde Hamas lançou 5 mil foguetes.
Por terra, ar e mar, com motos e parapentes, homens armados invadiram o território israelense pelo sul do país.
Houve relatos de que os invasores atiraram em pessoas que estavam nas ruas e sequestraram dezenas de israelenses (incluindo mulheres e crianças), levados como reféns para Gaza.
▶️ Como foi a resposta de Israel? Diante da ofensiva do Hamas, o governo israelense iniciou uma retaliação.
“Estamos em guerra e vamos ganhar”, disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, logo após o ataque.
“O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu.”
Ainda em 7 de outubro, Israel lançou bombas em direção à Faixa de Gaza.
▶️ Quantas pessoas morreram? O balanço mais recente das autoridades locais indicava, na manhã desta terça-feira, que mais de 2.100 pessoas morreram. Mais de 1.200 foram em Israel. O Ministério da Saúde de Gaza informou ter registrado 900 mortes de palestinos.
▶️ O que é e onde fica Faixa de Gaza? É o território palestino localizado em um estreito pedaço de terra na costa oeste de Israel, na fronteira com o Egito.
Marcado por pobreza e superpopulação, tem 2 milhões de habitantes morando em um território de 360 km².
Para se ter uma ideia desse tamanho em comparação com cidades brasileiras, o território é um pouco maior que o da cidade de Fortaleza (312,4 km²) e menor que o de Curitiba (434,8 km²).
Tomada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e entregue aos palestinos em 2005, Gaza vive um bloqueio de bens e serviços imposto por seus vizinhos de fronteira.
▶️ Qual é o histórico do conflito na região? A disputa entre Israel e Palestina se estende há décadas e já resultou em inúmeros enfrentamentos armados e mortes.
Em sua forma moderna, remonta a 1947, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina, sob mandato britânico.
Fonte: G1