O Instituto AOCP foi denunciado por suspeita de fraude em concursos. A banca é responsável pelos certames das polícias Civil de Goiás (PCGO) e do Distrito Federal (DF). As irregularidades foram denunciadas por candidatos participantes na etapa dos exames psicotécnicos.
Em um documento, consta que o psicólogo Ederson Fernando Mariano teria reprovado alguns candidatos. No entanto, o profissional alega nunca ter trabalhado no concurso e sequer assinado as reprovações.
Com a divulgação do resultado, candidatos teriam procurado o psicólogo para contestar a decisão, quando levantou-se as suspeitas. “Fraudaram o psicotécnico usando um psicólogo que supostamente realizava os testes e a correção dos recursos dos candidatos. Ele disse não ter qualquer tipo de vínculo com essa banca. Quem descobriu foi um cliente meu, de Goiânia”, disse o advogado José da Silva Moura Neto ao portal Metrópoles. Ele defende alguns dos candidatos que denunciaram a suposta irregularidade.
Assim como os denunciantes, Ederson Fernando Mariano também procurou a polícia de Maringá (PR), cidade onde reside, para denunciar o uso do seu nome de forma indevida. A corporação agora vai investigar o caso.
“O psicólogo Ederson Fernando Mariano, inscrito no CRP [Conselho Regional de Psicologia] nº 8/22.591, informa que, em 21/6/2023, tomou conhecimento de que seu nome estava sendo usado de forma indevida nos concursos públicos da Polícia Civil do Estado de Goiás e da Polícia Penal do Distrito Federal. Os crimes foram noticiados à autoridade policial e serão investigados. Nosso maior compromisso é com a verdade, e estamos à disposição para demais esclarecimentos”, diz a defesa de Ederson.
Os editais dos concursos foram publicados em 2022 e os resultados finais ainda não foram divulgados. Além de exames psicotécnicos, o certame inclui provas escritas e testes físicos. Por enquanto, ainda não existe nenhuma decisão que interrompa ou continue a avaliação dos concursos. No DF, o advogado José da Silva Moura Neto conseguiu decisão favorável para 14 candidatos do concurso da Polícia Penal. Eles puderam voltar à etapa de eliminação.
Segundo a PCGO, o concurso “não está sob sua égide e execução, entretanto quaisquer notícias de possíveis irregularidades estão sendo devidamente apuradas”. Já a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Distrito Federal (Seplad), responsável pelo certame da Polícia Penal, afirmou que não sabe da denúncia.
Fonte: Jornal Opção