A reunião aconteceu em 2020 e contou com a presença do ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e da advogada de Flávio
Um relatório da Polícia Federal (PF) apontou que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) discutiram um plano para blindar o senador Flávio Bolsonaro da investigação de ‘rachadinha’ quando ainda era deputado. A reunião aconteceu em 2020 e contou com a presença do ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e da advogada de Flávio.
De acordo com a Polícia, o grupo discutiu supostas irregularidades cometidas por auditores da Receita Federal, na elaboração de um relatório de inteligência fiscal que originou o inquérito contra Flávio Bolsonaro.
O áudio, que tem 1h e 8 minutos de duração, foi encontrado em um aparelho de Ramagem. A PF disse que o então diretor da Abin afirmou na gravação que “seria necessário a instauração de procedimento administrativo” contra os auditores da Receita. Segundo o relato, o objetivo do grupo era anular a investigação, bem como retirar alguns auditores de seus respectivos cargos”.
O relatório feito pela Polícia Federal aponta ainda que integrantes da chamada “Abin paralela” tentaram levantar “podres e relações políticas” dos auditores da Receita.
“Igualmente, em relação às investigações relacionadas ao Senador Flávio Bolsonaro, a autoridade policial trouxe informações a respeito do uso da estrutura da Abin para monitoramento dos auditores responsáveis pelo RIF – relatório de inteligência fiscal – que deu origem à investigação que apurava o desvio de parte dos salários dos funcionários da ALERJ (‘caso da rachadinha’), com o objetivo, inclusive, de ‘encontrar podres’ sobre os mencionados auditores”, lê-se no trecho da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que autorizou, nesta quinta-feira (11), a quarta fase da Operação Última Milha.
Fonte: Mais Goiás