Brasileiros de 15 estados e do DF começam a sentir os efeitos de mais uma onda de calor

Quinze estados brasileiros e do Distrito Federal começaram a enfrentar, nesta quinta-feira (15), os efeitos de mais uma onda de calor.

Andar na rua não está fácil, trabalhar com esse calor então…

“Hoje está demais”, diz um homem.

Na região sul, Curitiba passou dos 32ºC.

“Vou morrer torrada, está horrível o calor”, comenta uma mulher.

Porto Alegre cravou 35ºC. No Centro-Oeste, a maior temperatura foi em Cuiabá, que registrou 38ºC. Mas a capital mais quente nesta quinta foi Teresina com quase 40ºC. E essas temperaturas devem aumentar ainda mais nos próximos dias.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de perigo que vale até domingo para 15 estados brasileiros e o Distrito Federal. É que o país está entrando na nona onda de calor do ano.

“Esse período de calor excessivo com altas temperaturas, pelo menos 5ºC acima do que é esperado para a época do ano, por quatro dias, pelo menos, consecutivos. E a gente realmente está tendo um número maior de ondas de calor, este ano foi um número grande”, explica a meteorologista Marília Nascimento, do Inpe.

Em 30 anos, no século passado, foram registrados até 1990 sete dias por ano com ondas de calor no país. Nos dez anos seguintes, a média anual subiu para 20 dias. Nos primeiros dez anos do século, essa média dobrou. De 2011 a 2020, foram 52 dias por ano, em média. Este ano já foram 61 dias com ondas de calor, sem contar esta que está começando.

O que acontece no ambiente afeta diretamente no nosso corpo. “Ah, mas o brasileiro está acostumado a sentir calor”. Mas não nessas temperaturas e nem por tantos dias como a gente acabou de ver. O coração e os rins são órgãos que mais sentem.

“Você já tem essa dificuldade de equilibrar a sua temperatura com a temperatura externa. Ao fazer esse equilíbrio, você tem uma perda de líquidos e essa perda de líquidos vai fazer diminuir a sua pressão e vai fazer o seu coração ter que trabalhar com mais força para poder mandar sangue para todo o corpo”, explica o professor Nelson Gouveia.

O professor da faculdade de medicina da USP e especialista em saúde ambiental faz o alerta para o cuidado com idosos e crianças.

“É difícil, porque a criança não consegue externar ali o que ela está sentindo, principalmente se for uma criança muito pequena. E o idoso também não, porque às vezes esses mecanismos de alerta não funcionam tão bem nos idosos, então às vezes você não tem nenhum sinal aparente. É basicamente se proteger, tentar evitar se expor ao sol, principalmente nos períodos de maior insolação, ambientes refrigerados ou ventilados, beber bastante líquido, procurar se proteger da maneira que for possível”, acrescenta Nelson.

Fonte: G1

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