Atualmente, o pix é a forma de pagamento mais utilizada pelos brasileiros | Foto: Reprodução
Mais de cinco países possibilitam o pagamento advindo de parcerias entre a iniciativa privada. Só na América Latina quase US$ 3 milhões pelo “Pix Internacional”
Desde o lançamento oficial em 2020 pelo Banco Central (BC), o Pix ganhou força no Brasil e hoje é a forma de pagamento mais utilizada pela população, superando mecanismos tradicionais como cartão de débito, crédito e cédulas. Com isso, era de se esperar que a iniciativa privada estrangeira acolhesse a ferramenta para viabilizar o consumo de turistas brasileiros.
Atualmente, cinco países, incluindo um estado dos Estados Unidos da América (EUA), aceitam a plataforma para fazer o pagamento de serviços ou produtos, a ferramenta, contudo, é exclusiva para turistas brasileiros. Só na América Latina, por exemplo, foi movimentado quase US$ 3 milhões pelo “Pix internacional”, segundo a fintech Comm.Pix.
Em alguns casos, a ferramenta é disponibilizada em estabelecimentos via QR codes, código de barras para telefone celulares, além da conversão automática a moeda local. A implementação veio após parcerias de fintechs brasileiras, como a PagBrasil, Braza Bank e Comm.Pix que oferecem a chave Pix a empresas credenciadoras responsáveis pelas máquinas de cartão de crédito e débito.
Argentina no Pix
Desde 2023, empresas e estabelecimentos de cidades turísticas da Argentina, como Puerto Iguazú e Buenos Aires, aceitaram o pagamento pela plataforma, atraídos pelo poder de compra dos turistas brasileiros.
Em fevereiro, foi anunciado que a operadora de pagamento Mercado Pago, da empresa MercadoLivre, aceitariam o Pix devido o aumento de turistas brasileiros na Argentina nos últimos anos, com a queda dos preços internos e a valorização do real ante o peso argentino.
Portugal dentro na plataforma
Com o aumento no número de brasileiros em Portugal, grandes lojas de supermercado e estabelecimentos portugueses anunciaram a possibilidade do pagamento via Pix por uma parceria com bancos e empresas de tecnologia brasileiras. No país europeu, o resultado partiu da união da UNICRE com a fintech Braza Bank.
Com a parceria, é possível utilizar a ferramenta em grandes lojas como El Corte Inglés e Continente, além de outros mercados que utilizem os terminais de autoatendimento com pagamento da UNICRE e serviço de conversão automática ao euro.
Florida queimando a largada
Em meados de julho, o Pix entrou na mira do governo federal dos EUA. O governo afirma que o pix pratica concorrência desleal com outras empresas norte-americanas, por ser gratuito. A Flórida é o único estados norte-americanos onde se aceita o recurso do BC via parceria de instituições americanas e o Braza Bank.
O uso da ferramenta no território dos EUA ainda é restrito e embrionário, mas já movimenta mais de US$ 1,6 milhão apenas em 2025, conforme dados da fintech Comm.Pix, que faz parcerias com instituições norte-americanas para o pagamento via plataforma do BC. Por enquanto, a presença do Pix nos EUA é limitada à agência de turismo, universidades e escolas de idiomas.
Paraguai no câmbio internacional
Outra nação que teve destaque no pagamento via Pix é o Paraguai, que aderiu devido à alta movimentação financeira de comércio entre cidades que fazem fronteira com o Mato-Grosso do Sul. Alguns estabelecimentos, como o famoso Shopping China, possuí cartazes anunciando a adesão ao sistema de pagamentos.
Similar aos outros modelos, a transferência é feita via QR code através da parceria de fintechs com empresas operadoras de pagamento.
França no sistema Pix
A França é o local onde o pagamento Pix foi disponibilizado mais recentemente para turistas brasileiros devido uma parceria de duas iniciativas privadas, ainda em julho de 2025. Advindo do acordo entre a fintechs PagBrasil por meio da tecnologia VoucherPay, o mecanismo permite que brasileiros utilizem o Pix para pagamentos em locais com conversão automática ao euro.
Segundo dados da Atout France, mais de 850 mil brasileiros visitam a França por ano, sendo Paris o principal destino dessa população. A taxa de serviço pelo sistema é fixada em 3%, além do câmbio monetário, além disso, algumas lojas ainda permitem o parcelamento via pagamento com a plataforma brasileira. “O Brasil é um dos principais emissores de turistas para Paris, e oferecer meios de pagamento familiares e simplificados é uma forma de acolher melhor esse público e ampliar as oportunidades do comércio local”, afirma a nota enviada pela PagBank.
FONTE: JORNAL OPÇÃO
