Lideranças do partido se reuniram em Brasília
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Ludymila Siqueira
Goiânia – Governador de Goiás e presidente do União Brasil no Estado, Ronaldo Caiado afirmou que o ex-presidente nacional do partido, Luciano Bivar, “não tem condições morais e éticas” para continuar representando a sigla que, segundo o Chefe do Executivo goiano, é formada por parlamentares, governadores, prefeitos, vereadores, “sérios que discutem políticas que são referência no País”. As declarações foram feitas durante reunião no escritório do do União Brasil, em Brasília, na quarta-feira (13/3).
“Não tem o menor cabimento o cidadão pensar que, por ameaçar, será temido por todos e, a partir disso, impor sua própria vontade sobre todas as decisões partidárias. Agora, estamos voltando o partido ao seu leito normal, onde toda a classe política da sigla tem voz, além de discutir e tomar decisões nacionais, nos municípios e também nos Estados”, pontuou Caiado ao concluir que “o partido será pela representatividade e relevância, e não ficar apenas ouvindo alguém que se achava no direito de dizer quais eram as diretrizes”, acrescentou ao enfatizar que o União Brasil não representa um “monopólio”. “Não é império, não é propriedade particular dele”.
Crise no União Brasil
Caiado afirmou, na terça-feira (12), que o incêndio nas casas do presidente nacional do União Brasil, o advogado Antônio Rueda, foi um atentado contra o partido e está vinculado a um crime político. Além disso, o chefe do Executivo goiano disse que Luciano Bivar, ex-presidente do UB, agiu “como um desqualificado” ao fazer ameaças à família do novo gestor da sigla.
Ainda conforme Caiado, o União Brasil fará uma representação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que as apurações sejam realizadas. “Nós também vamos pedir a cassação do mandato de Luciano Bivar. Falei com a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, que me informou que toda a polícia do estado está dedicada em esclarecer o caso. Nenhum crime ou ameaça ficará impune”, disse.
O União Brasil decidiu, na quarta-feira (13), pela abertura do processo de afastamento de Luciano Bivar, atual presidente do partido. A decisão foi aprovada em votação da Executiva Nacional nesta quarta-feira, 12. O processo será encaminhado ao Conselho de Ética do partido.
O partido também estabeleceu, na quarta-feira (13), prazo de 72 horas para o deputado se manifestar sobre a denúncia e apresentar sua defesa. Após esse prazo o afastamento passa a valer de forma provisória.
Participaram da votação cerca de 40 deputados, senadores, além de governadores da União Brasil. Também estava presente o advogado Antônio Rueda, atual vice-presidente do partido. Rueda foi eleito na semana passada presidente do União Brasil, substituindo Bivar.
Fonte: JORNAL A REDAÇÃO