Câmara de município goiano usa internet via satélite de empresa de Elon Musk

Starlink e outros negócios do bilionário estão em risco no Brasil, por conflitos com o STF

FOTO: ELON MUSK

A Câmara Municipal de Palmelo, município do Sudeste de Goiás, próximo a Pires do Rio, utiliza a internet via satélite desde outubro do ano passado. A tecnologia pertence à empresa Starlink, do empresário Elon Musk. Os negócios dele no Brasil estão comprometidos após os últimos episódios com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

O vereador Wellington Adolfo Silva, que é o primeiro secretário da Câmara, revelou ao Jornal Opção que a conexão da internet é muito boa. Ele explicou que a captação do sinal é feito por antena e compartilhado normalmente por roteadores e cabos, a partir daí podem ser conectados celulares e computadores.

“As outras redes por algum problema, queda de árvores, por exemplo, o sinal cai, esta, via satélite, até hoje não caiu o sinal”, compara. “Ela [internet] funciona normalmente, não tem problema”, arremata o vereador.

Risco dos negócios no Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) levantou os órgãos públicos que possuem contratos com o Starlink. Além da Câmara de Palmelo, a internet via satélite de Elon Musk atende o Exército e a Marinha; Cortes de Justiça, como o Tribunal de Justiça do Amazonas e o Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins.

Com isso, o subprocurador-geral do MPF junto ao TCU, Lucas Furtado, chegou a protocolar um pedido à Corte de Contas para apurar os negócios da SpaceX no Brasil. Ele solicita a extinção das negociações “por conta da violação à soberania nacional defendida pelo sr. Elon Musk”.

“Recentemente afrontou a soberania do Estado brasileiro, ao afirmar que não se submeteria às ordens judiciais emanadas do Supremo Tribunal Federal, em clara violação ao Estado de Direito”, relatou no documento o subprocurador.

Furtado quer que seja analisada ainda a possibilidade da proibição do X (antigo Twitter) no País. Para ele, a plataforma é uma “rede flagrantemente antissocial” e cita que a mesma é utilizada “como meio de ataque à democracia brasileira”.

FONTE: JORNAL OPÇÃO

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