O governo Lula (PT) confirmou que cerca de 50 mil inscritos no Enem 2023 foram alocados em locais distantes das suas casas e terão a oportunidade de fazer as provas em outra data. Após a divulgação dos locais de prova, acumularam reclamações de estudantes.
O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), que organiza o exame, informou nesta segunda-feira (30) que os inscritos prejudicados poderão realizar o exame nos dias 12 e 13 de dezembro —as provas normais serão aplicados nos dias 5 e 12 de novembro.
Aqueles inscritos prejudicados e que estejam interessados em fazer o Enem em dezembro deverão submeter seus pedidos para a análise. Esse comunicado deve ser feito na página do participante, onde haverá uma aba específica para isso. O sistema receberá as informações no período de 13 a 17 de novembro.
O edital do Enem garante que os participantes façam a prova a no máximo 30 km de distância de suas residências. Estudantes relataram, logo após a divulgação dos locais de prova, distâncias de mais de 40 km.
Houve relatos de inscritos que avaliavam desistir de fazer o exame, que é a principal porta de entrada para o ensino superior público.
O Inep, órgão ligado ao MEC (Ministério da Educação), informava desde a semana passada que trabalhava com a questão, embora tivesse divulgado quantos eram os atingidos. Os 50 mil prejudicados representam 1% dos inscritos, ressaltou o Inep em nota —3,9 milhões são esperados para as provas neste ano.
O órgão afirmou, ainda na nota, que “os inscritos para o Enem 2023 não serão prejudicados pela designação de locais de prova distantes de sua residência”. O instituto informou que não houve casos de inscritos alocados em município distinto daquele indicado pelo participante.
O órgão insistiu que tem cobrado normalização da situação do Cebraspe (Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos), instituição vencedora da licitação para a aplicação do exame.
Os problemas com os locais de provas do Enem ganharam contornos políticos na última semana. Um deputado apresentou requerimento para convocar o ministro da Educação, Camilo Santana, para explicar a situação na Câmara (a previsão é que o requerimento seja apreciado nesta terça).
A Bancada da Educação no Congresso Nacional também informou que iria solicitar ao MEC informações sobre a organização e logística das provas.
Fonte: Mais Goiás