Segundo a polícia, o casal pagou R$ 300 adiantados para dois homens “darem uma surra” no ex-funcionário. A situação, no entanto, saiu do controle e a vítima morreu a facadas.
A Polícia Civil informou que o casal de empresários Caio Patrick Guimarães e Thage Mourthy são suspeitos de pagar R$ 300 adiantados a dois homens para agredirem o ex-gerente do restaurante deles, em Goiânia. A situação, no entanto, saiu do controle e a vítima morreu a facadas. O casal está preso temporariamente.
Ao g1, o advogado de defesa do casal admite que eles contrataram os agressores, mas nega que o intuito fosse causar a morte do ex-gerente.
“Patrick contratou para dar um susto, ou até mesmo bater na vítima, mas jamais para matar. Estamos impetrando os pedidos de revogação de prisão temporária porque eles nunca fugiram, sempre estiveram à disposição da polícia”, argumentou o advogado Rogério Rodrigues de Paula.
O homem que confessou à polícia ter dado os golpes com faca na vítima também foi preso. O comparsa, que participou das agressões, responde pelo crime em liberdade. Ele afirma que foi convidado para participar do crime, mas não recebeu o dinheiro. O g1 não localizou a defesa dos dois.
Direitos trabalhistas
Segundo as investigações, Francisco Jeferson Xavier Silva, de 40 anos, era ex-gerente do restaurante do casal, em Goiânia. Ele havia sido demitido e cobrava um acerto trabalhista, mas a situação sempre causava brigas com os ex-patrões.
A polícia afirma que Francisco chegou a criar um grupo na internet com outros funcionários do restaurante. Lá, eles conversavam sobre processar o casal de empresários. Tudo isso, segundo as investigações, teria irritado e motivado Caio Patrick a contratar alguém para “dar uma surra” na vítima.
Direitos trabalhistas
Segundo as investigações, Francisco Jeferson Xavier Silva, de 40 anos, era ex-gerente do restaurante do casal, em Goiânia. Ele havia sido demitido e cobrava um acerto trabalhista, mas a situação sempre causava brigas com os ex-patrões.
A polícia afirma que Francisco chegou a criar um grupo na internet com outros funcionários do restaurante. Lá, eles conversavam sobre processar o casal de empresários. Tudo isso, segundo as investigações, teria irritado e motivado Caio Patrick a contratar alguém para “dar uma surra” na vítima.
Pagamento adiantado
De acordo com o delegado Vinícius Teles, câmeras de segurança de uma distribuidora, no Jardim Goiás, registraram quando o casal de empresários conversava com os executores do crime. No vídeo é possível ver que os homens chegam a entrar no carro do casal
Em depoimento, o autor das facadas contou que o combinado era receber R$ 500 do casal para agredir Francisco. R$ 300 foram pagos adiantados por Thage, via PIX, e o restante seria quitado após o ‘serviço’.
“Foi uma conversa rápida, dois ou três minutos. E é possível ver pelas imagens obtidas que, antes e depois do fato, o carro do casal circula pela região. Isso endossa a versão do executor, de que os mandantes estavam esperando para ver se ia acontecer o que ele tinha contratado para, então, pagar o restante”, afirma o delegado.
O executor também diz em depoimento que a decisão de matar Francisco foi dele, durante o crime. Mas o delegado afirma que isso será devidamente apurado. Para o investigador, o casal assumiu o risco da morte da vítima.
O crime
O crime aconteceu na madrugada do dia 20 de setembro, no Jardim Goiás. Francisco estava consumindo bebidas alcoólicas em frente a uma loja de conveniência, quando o executor do crime e um comparsa começaram a puxar conversa com ele.
Câmeras de segurança registraram o momento em que a vítima conversava com os homens antes da confusão.
Segundo a polícia, a vítima foi atraída para um local mais vazio, onde então, aconteceram as agressões e facadas. Mesmo ferido, Francisco ainda tentou correr para pedir ajuda em uma farmácia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Os dois executores fugiram depois do crime. A partir da troca de informações entre batalhões da Polícia Militar e a Polícia Civil, os militares identificaram e localizaram os executores, que imediatamente confessaram o crime e explicaram a dinâmica.
Habeas Corpus
Caio Patrick foi ouvido logo no dia seguinte ao crime. Ele negou envolvimento com a morte, mas confessou que tinha atritos com o ex-gerente. Segundo o delegado, naquela ocasião, ainda não haviam sido analisadas imagens de câmeras de segurança e, por isso, o empresário foi liberado.
À medida que as investigações avançaram e a polícia obteve provas contra o casal, solicitou à Justiça pela prisão temporária deles. O pedido foi deferido e o casal deve ficar preso por 30 dias.
O advogado de defesa dos empresários, Rogério Rodrigues de Paula, entrou com um pedido de habeas corpus. A justificativa é de que o casal sempre esteve à disposição da polícia para as investigações. Apesar disso, o pedido de liberdade foi negado.
Fonte: G1