A Faixa de Gaza tem sido palco da contraofensiva de Israel ao grupo extremista Hamas. Só nas últimas 24 horas, foram mortos 436 palestinos
O número de palestinos mortos na contraofensiva de Israel ao grupo extremista Hamas subiu para pouco mais de 5 mil nesta segunda-feira (23/10), de acordo com informações do Ministério da Saúde de Gaza (MOH). Desse número, mais de 2 mil são somente crianças.
Só nas últimas 24 horas, foram 436 palestinos mortos, segundo o ministério. Desse número, 182 são crianças. A maioria das vítimas está na região sul da Faixa de Gaza.
O número exato de mortos em Gaza é de 5.087 palestinos, 2.055 sendo crianças e 1.119 mulheres. Além disso, são mais de 15 mil palestinos feridos no conflito no Oriente Médio.
Com os 1,4 mil mortos em Israel, o total de baixas chega a pouco mais de 6,4 mil. Juntos, o número de feridos passa de 19,8 mil. A Agência da ONU ainda afirmou que ao menos 340 mil habitantes estão desabrigados na região em detrimento do conflito entre Israel e Hamas, e 2,4 milhões estão na situação de “deslocados”.
Os mais de 2 milhões de palestinos que vivem na Faixa de Gaza, nesse contexto, seguem entregues a uma guerra sem horizonte de fim. O número de palestinos mortos havia subido para 4.741 no domingo (22/10), de acordo com informações do MOH.
Até o sábado (21/10), a quantidade de pessoas que perderam a vida era de 4.385. Durante a semana passada, metade dos óbitos na Faixa de Gaza eram de mulheres e crianças, e, agora, 70% delas são crianças e mulheres.
Relembre a situação que deixou tantos mortos
O conflito na região teve início em 7 de outubro, quando um grupo de 2,5 mil homens armados do grupo Hamas cruzou a fronteira da Faixa de Gaza com Israel e atentou contra diversos civis. Na ocasião, foram mais de 1,4 mil pessoas mortas, e 200 feitas de reféns. Desse número, duas mulheres norte-americanas foram liberadas na última sexta-feira (20/10), e uma refém descendente de brasileiros foi morta.
Mais de 200 mil israelenses foram deslocados de suas casas desde o início dos acontecimentos, principalmente devido aos ataques do grupo libanês Hezbollah, que se juntou ao conflito em apoio ao Hamas. Essa situação, inclusive, agravou uma tensão de um possível envolvimento de outros países, como o Irã, e a escalada para um conflito generalizado.
O Brasil no Oriente Médio
Quanto ao Brasil, mais de 1,4 mil pessoas foram repatriadas desde o início dos conflitos no Oriente Médio, e a última aeronave vinda de Israel chegou nesta madrugada. Faltam, agora, os brasileiros que estão na Faixa de Gaza – impedidos de chegar à passagem de Rafah, para o Egito, devido ao conflito. Contudo, ainda não há uma previsão de quando haverá o desembarque desses passageiros, que serão transportados por meio da aeronave VC-2 (Embraer 190) da FAB, já que ainda não há autorização para resgate dos brasileiros.
A aeronave está no Cairo, no Egito, desde a quarta-feira (18/10) passada, e também levou kits humanitários. Foram enviados 40 purificadores de água e kits de medicamentos e insumos de saúde para ajuda humanitária. Os purificadores têm capacidade de tratar mais de 220 mil litros por dia.
Essas negociações ocorrem por meio do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro das Relações Exteriores (MRE), Mauro Vieira. Entre sexta-feira (13/10) e sábado (14/10), Lula negociou diretamente com os presidentes de Israel, Isaac Herzog, do Egito, Abdul Fatah al-Sisi, e da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
Fonte: Metrópoles