Há, em Cristalina, cerca de 250 artesãos dedicados à lapidação de pedras e fabricação de joias
O município de Cristalina, em Goiás, localizado a 130km do Distrito Federal, tem a maior reserva de cristais de pedra de todo o mundo, ostentando uma incrível variedade de gemas preciosas. Entre as pedras que podem ser encontradas na cidade, estão ametistas, safiras, esmeraldas, topázios azuis, turmalinas e cristais de diversas cores, formas e tamanhos.
Há, em Cristalina, cerca de 250 artesãos dedicados à lapidação de pedras e fabricação de joias, de acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Goiás. Adeguimar Arantes, já foi consultora de joias em Cristalina e , desde 1985 se dedica a representar o Cerrado por meio do artesanato, usando metais reciclados e mantendo métodos tradicionais de produção.
Fundadora do projeto Farei Joias, que busca ensinar a arte da joalheria a pessoas de todas as idades e níveis socioeconômicos, Adeguimar um curso à distância estruturado ao redor de aulas semanais e mentorias individuais para os alunos em situação de vulnerabilidade. Os temas vão desde iconografia pessoal, ourivesaria, pedras e gemas brasileiras, até o comércio como alternativa de inclusão produtiva pelo empreendedorismo.
Nascida e criada em Goiás, ela conta que incentiva a associação de gemas e joias ao turismo para que cada vez mais as pessoas se profissionalizem e foquem em “Morar no Hoje”. “O mundo é dinâmico e a economia em suas diversas modalidades também, insistirmos no mesmo padrão não nos permite novas experiências”, explica Adeguimar.
Como informou anteriormente o Jornal Opção, o presidente da Federação Goiana dos Municípios (FGM) e prefeito de Campos Verdes, Haroldo Naves (MDB), defendeu na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), a redução de 17% para 5% da alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) de esmeraldas.
Em Cristalina, a Associação de Artesãos, Garimpeiros e Mineradores também tem essa alíquota de 17% dentro do estado e vendendo fora de Goiás 12%, e paga ainda somado a essa 7.6 % de COFINS, segundo informou o presidente da Associação, William Francisco Souto. “Alíquotas, mais em conta, sempre serão interessantes não só para quem vende, mas para toda a cadeia, inclusive para o próprio consumidor. Pode tornar o produto bem atraente se ele tem uma redução. Em especial, em indústria, produtos seriados. Na verdade, esse é um problema de alíquota enfrentado também por Associaçõesque comercializam pos pequenos”, conta William.
Adeguimar lembra também os artesãos, que são aqueles que, quando são artesãos de fato, têm a isenção pelo governo federal. “Então, essa questão de alíquota é uma questão bem extensa, e tem que ver com o interesse de todas as partes portando deve ser discutido e acordado entre elas”, explica a artesã. Segundo ela, sempre houve essa demanda de redução de impostos, desde que há legislações no mundo todo, sempre há essa demanda por redução e da outra parte para o aumento, é recorrente.
Minas Gerais e Bahia praticam taxas de 4% e 5%, respectivamente, para vendas para outros Estados e para exportações. Com isso, Goiás fica sem receber nada por essas transações. O presidente da Comissão de Minas e Energia da Alego, deputado estadual Lineu Olímpio (MDB), disse que esse tema sobre esmeraldas será discutido na próxima audiência pública, chamada de Minera GO, programada para os dias 12 (última terça-feira) e 13 (hoje).
Tudo começou no século XVIII, quando bandeirantes que percorriam a então capitania de Goiás chegaram em uma serra onde encontraram grandes pedras de várias tonalidades espalhadas pelo chão. Como os exploradores estavam interessados em ouro e prata, não deram importância aos cristais, embora tenham dado ao local o nome de Serra dos Cristais.
Reserva dos Topázios – área de proteção ambiental com vegetação típica do cerrado brasileiro. Além de vegetação, a reserva tem cachoeiras, poços e o cânion Garganta dos Topázios.
Balneário das Lajes – também conhecido como Praia das Lajes, fica a 12 km do centro. Tem uma belíssima queda d’água, além de piscinas naturais, área de camping, área para churrasco, restaurantes, quiosques e trilhas ecológicas.
Fonte: Jornal Opção