Empresa deve prospectar novas usinas em Goiás para venda de tecnologia sustentável na produção do etanol

Usina Etanol Carmo Rio Verde | Foto: divulgação.
A companhia indiana Raj Process Equipments and Systems já alugou espaço para instalação de um escritório em Rio Verde. “A RAJ vem com uma tecnologia para as usinas de cana-de-açúcar”, afirmou o prefeito do município, Wellington Carrijo, ao Jornal Opção.
Durante a missão da comitiva goiana à Índia, foi firmado um acordo com a empresa produtora de biogás e biofertilizantes. Além da aquisição de tecnologia e estímulo ao mercado local, a iniciativa é destaque pela abordagem sustentável.
A ideia é que a tecnologia da Raj aplicada às usinas de Rio Verde seja capaz de transformar um subproduto produzido durante a fabricação do etanol, o vinhoto ou vinhaça, que normalmente é descartado, em matéria utilizável na linha produtiva. Com a nova tecnologia, ao invés de se descartar o subproduto do etanol, se obtém biometano, que pode ser usado como combustível, e o potássio, que é aproveitado na produção de fertilizantes.
“Já conseguiram um espaço lá em Rio Verde para abrir um escritório indiano da RAJ, onde eles vão prospectar novas usinas no estado de Goiás para vender a mesma tecnologia”, aponta Carrijo. Nos próximos anos, Goiás deve se tornar, portanto, referência no uso de biocombustíveis.
Entenda
A assinatura do memorando de entendimento oficializando a parceria aconteceu na última quinta-feira, 13. Na ocasião, Ronaldo Caiado (UB) enfatizou a relevância do acordo para o posicionamento estratégico de Goiás no setor de energia limpa. “O biometano é uma alternativa viável e sustentável, e esse acordo com a indústria indiana é mais um passo para consolidarmos nossa liderança nesse setor”, declarou o governador.
A iniciativa está alinhada ao plano do Governo de Goiás de incentivar o uso de combustíveis renováveis. Uma das principais ações em andamento é a implantação de 500 ônibus movidos a biometano na Região Metropolitana de Goiânia. Um dos veículos já está em fase de testes e, gradualmente, a frota será ampliada, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e promovendo a descarbonização do transporte urbano.
FONTE: JORNAL OPÇÃO