Criminoso que recebeu R$ 200 mi para resgatar Marcola está em Brasília

Conforme a coluna noticiou, outros integrantes da chamada “velha guarda” do PCC também se juntaram a Marcola, em Brasília

Preso desde 2020 sob a custódia do Sistema Penitenciário Federal, o traficante Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho, foi transferido na última semana do complexo de segurança máxima localizado em Mossoró (RN) para a Penitenciária Federal de Brasília.

Segundo investigações, o criminoso recebeu R$ 200 milhões do comandante do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, para que o ajudasse a fugir da prisão de Brasília.

Conforme a coluna noticiou, outros integrantes da chamada “velha guarda” do PCC também se juntaram a Marcola em Brasília nos últimos dias. São eles: Cláudio Barbará da Silva, o Barbará, 62 anos, e Reginaldo do Nascimento, o Jatobá, 52. A dupla também estava em Mossoró antes de desembarcar na capital federal.

Ainda estão na unidade do DF outros integrantes da cúpula do PCC, como Roberto Soriano, conhecido como Tiriça, e Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka. A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) promove, com frequência, esse tipo de rodízio por motivos de segurança.

Prisão cinematográfica

Em 2020, Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, foi preso em um hotel de luxo, à beira mar, localizado em Moçambique, na África. À época, o Metrópoles revelou os bastidores da investigação que contou com colaboração internacional dos Estados Unidos e de Moçambique.

Foragido da polícia desde 1999, quando fugiu da Casa de Detenção de São Paulo, no Carandiru, Fuminho, além de coordenar ações milionárias do tráfico internacional, tinha uma importante missão: patrocinar e organizar o plano de resgate do líder máximo do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.

Condenado a 330 anos de prisão, Marcola é amigo de infância de Fuminho e desembolsou cerca de R$ 200 milhões para que o resgate fosse viabilizado.

Segundo investigações da PF, Gilberto saiu do Brasil, passou pela Bolívia, onde falsificou documentos, seguiu para Argentina e, em março de 2018, se estabeleceu na África do Sul. Ele tinha uma residência em Johanesburgo. As propriedades e os respectivos sócios locais também são alvo de apuração.

Investigadores explicaram que narcotraficantes costumam procurar abrigo em países africanos, pois eles são uma porta de entrada de drogas na Europa.

Muitos usam aviões privados para viabilizar a locomoção entre os países. A língua portuguesa também facilitou a vida do brasileiro no país estrangeiro.

O principal nome da facção nas ruas foi surpreendido pela polícia no momento em que voltava de uma consulta médica. Ele foi a uma clínica para tratar de um ferimento na perna direita, enfermidade conhecida como erisipela.

Fonte: Metrópoles

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *