A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com um novo pedido para que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, dê acesso às provas da investigação antes que Bolsonaro preste depoimento à Polícia Federal (PF). A defesa afirma que é necessário “garantir a paridade de armas no procedimento investigativo”.
Os advogados pediram duas vezes acesso aos autos após a deflagração da Operação TEmpus Veritatis, no dia 8 de fevereiro. O ministro liberou o acesso aos mandados no segundo pedido.
A defesa de Bolsonaro, então, pediu acesso às mídias digitais, como telefones, computadores e também à delação do ex-ajudante de ordens do ex-presidente, Mauro Cid, mas Moraes não autorizou. Os advogados afirmaram que Bolsonaro não iria falar e entrou com pedido para adiar o depoimento.
Moraes justifica que a defesa teve acesso aos autos da investigação que apura tramas golpistas envolvendo ex-integrantes do governo e militares. Além de Bolsonaro, dois ex-assessores dele foram intimados a prestar depoimento.
A defesa, no entanto, alega que não obteve acesso integral às diligências e provas reunidas nos autos da investigação. A alegação foi negada por Moraes em sua decisão.
“Somente através da análise completa dos elementos probatórios é possível verificar a consistência e a coerência de eventuais imputações e acusações, bem como apontar possíveis falhas ou equívocos nas investigações realizadas, inclusive a bem da própria apuração da verdade real”, diz o documento assinado pela defesa de Bolsonaro.
FONTE:O HOJE
