Pesquisa analisou índices do primeiro semestre deste ano de 2024
Mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue | Foto: Reprodução
Neste primeiro semestre de 2024, o Brasil registrou 6.159.160 casos de dengue segundo o Ministério da Saúde. No total foram registradas 4.250 mortes pela doença, sendo que existem mais 2.730 sendo investigados. São cerca de 3.033 casos para cada 100 mil habitantes com taxa de letalidade de 0,07.
Diante desse contexto, uma pesquisa colaborativa realizada pela UFG, com professor Cláudio Lira, da Faculdade de Educação Física e Dança (FEFD/UFG); pela Unifesp, com professora Marília Andrade; e Ufes, com Rodrigo Vancini; revela os impactos econômicos causados pelas licenças no mercado de trabalho no Brasil, o que gerou uma perda financeira média de US$ 5 bilhões. O estudo foi publicado na revista Science chama reforça a necessidade de combate aquilo que promove a dengue.
O valor de prejuízo envolve a diminuição de produção, serviços e custos relacionados à assistência médica. Em entrevista ao Jornal Opção, o doutor em farmacologia, professor Cláudio Lira, considera que “além da indicação de controle à proliferação do mosquito transmissor, é necessário que o governo brasileiro amplie a faixa etária das pessoas elegíveis a tomarem vacina da dengue. Atualmente, o SUS [Sistema Único de Saúde] está vacinando somente crianças e adolescentes”.
As pessoas acometidas pelas infecções por dengue possuem uma ligação com um baixo status socioeconômico, ou seja, pessoas mais pobres. De acordo com a pesquisa, cerca de 60% das pessoas que têm risco de infecção integram 52% da população brasileira economicamente ativa.
“A epidemiologia e medicina nos “ensinam” que a melhor estratégia é sempre a prevenção. A prevenção é mais barata do ponto de vista econômico que o tratamento do paciente. O tratamento do paciente necessita o recrutamento de serviços de saúde, públicos ou privados, e gera afastamento do trabalho.”
Cláudio Lira, pesquisador – UFG
Professor Cláudio Lira | Foto: Arquivo/Pessoal
As empresas do ramo industrial e comercial frente esse contexto lidam com perdas financeiras e operacionais quando se faz necessário realocação de colaboradores entres os setores e treinamento de novatos. Segundo os pesquisadores, as empresas são vítimas da dengue assim como a sociedade. A falta de funcionários interrompe os processos, levando a declíneos de produção e lucro.
Em conclusão, os pesquisadores afirmam a necessidade de auxílio financeiro e subsídios do governo às principais empresas afetadas. Além de estabelecer um planejamento estratégico de combate a doença que envolva empresários, serviços públicos e a população. A melhor solução é a prevenção contra o Aedes aegypti.
FONTE: JORNAL OPÇÃO