Dono de postos de combustíveis em Goiás está entre os presos em operação contra grupo suspeito de causar prejuízo de R$ 21 milhões a banco com fraudes por PIX

Um goiano dono de postos de combustíveis foi preso suspeito de participar de um grupo suspeito de fraudar pagamentos de guias de arrecadação por meio de códigos PIX, adulterados. O esquema causou prejuízo de R$ 21 milhões ao Banco do Brasil. Segundo o delegado Eduardo Fabbro, o goiano era um dos responsáveis pela lavagem de dinheiro.

O nome do goiano não foi divulgado. Por isso, o g1 não localizou a defesa dele até a última atualização desta reportagem. Em nota, o Banco do Brasil informou que as investigações iniciaram a partir de apuração interna que detectou irregularidades

Eduardo Fabbro explicou que o empresário foi preso em Goiânia e, antes, chegou a participar de uma comemoração na capital para celebrar as fraudes. O goiano não aparece no vídeo, mas a imagem mostra outro integrante do esquema estourando um espumante

A Polícia Civil do Distrito Federal, responsável pela investigação, apurou que o goiano lavava o dinheiro das fraudes em seus próprios estabelecimentos.

A investigação mostrou que o grupo inseria códigos de barras de boletos verdadeiros de prefeituras brasileiras, mas adulteravam o QR Code de PIX para o banco receber valores menores. As fraudes foram cometidas entre 7 e 31 de janeiro do ano passado.

“A fraude acontecia em um boleto que era emitido pela prefeitura que era pago na instituição, mas a pessoa não pagava o valor que tava no boleto, havia uma troca, por meio de recursos cibernéticos que você permitia que, com poucos centavos, pagasse um boleto com um valor muito grande e aí o banco tinha esse dinheiro retirado de suas contas, mas não recebia o pagamento de volta”, explicou o delegado Giancarlos Zuliani à TV Anhanguera.

A operação

A operação foi deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal na última quinta-feira (18). Os agentes cumpriram 10 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão no Distrito Federal e em nove estados:

  1. São Paulo;
  2. Rio de Janeiro;
  3. Mato Grosso;
  4. Santa Catarina;
  5. Minas Gerais;
  6. Bahia;
  7. Maranhão;
  8. Amapá;
  9. Goiás.

A polícia apreendeu dinheiro em espécie, armas, computadores e celulares. Segundo a PC, foram presos os fraudadores dos boletos. Os servidores públicos envolvidos no esquema apenas prestaram depoimento.

Os envolvidos responder por crimes como invasão de dispositivo eletrônico, furto mediante fraude, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se condenados, podem pegar mais de 20 anos de prisão

Esquema

Conforme mostrou o g1 DF, com base nas informações divulgadas pela polícia, as investigações mostraram que um servidor da prefeitura emitia um boleto, que deveria ser usado para pagamento de doações para diversos objetivos, como a recuperação de áreas atingidas por enchentes.

A guia de pagamento apontava o Banco do Brasil como a instituição que seria usada para o dinheiro chegar à prefeitura. O valor de face do boleto era alto, como de cinco milhões de reais.

A apuração apontou que um hacker do grupo criminoso invadia o sistema do banco, alterava o QR code do PIX para valores muito menores (em centavos), que era efetivamente pago pela entidade doadora.

O sistema do Banco do Brasil entendia que o PIX foi pago no valor que constava no boleto – os R$ 5 milhões de reais. Assim, o banco repassava o valor integral da guia e não os centavos pagos. O dinheiro ia direto para os criminosos.

Nota do Banco do Brasil

O Banco do Brasil informa que as investigações iniciaram a partir de apuração interna que detectou irregularidades, as quais foram comunicadas às autoridades policiais. O Banco do Brasil colabora com as autoridades na investigação de fraudes com o repasse de subsídios no seu âmbito de atuação e possui processos estabelecidos para apuração de fraudes contra a instituição .

FONTE:G1

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