A vazão do Rio Meia Ponte, principal fornecedor de água da Região Metropolitana de Goiânia, sofreu uma queda de 43% em janeiro de 2024 se comparado ao mesmo período do ano passado. O mesmo foi observado na vazão do Rio Araguaia, em Aruanã, que diminuiu 71%, de acordo com o Centro Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo).
O gerente do Cimehgo, André Amorim, explica que a queda é um reflexo do clima atípico vivenciado por Goiás em 2023. No ano passado, o estado sofreu com chuvas esporádicas, além de ondas de calor provocados pelo fenômeno El Ninõ.
“Apesar de estar chovendo, a nossa preocupação é com o período seco. O nosso período seco vai ser intenso, começando em maio e se estendendo até outubro. Não quer dizer que não vai chover, mas as chuvas que ocorrem neste período não ajudam muito”, explicou.
André diz que a vazão nos rios deve se manter baixa, mas que o Cimehgo ainda não estuda uma possível crise hídrica. Porém, é necessário que a população tenha consciência, principalmente na estiagem, para evitar o cenário “drástico” previsto pelo órgão.
O gerente diz uma das dicas para evitar um possível desabastecimento e o racionamento da água, além do cuidado para evitar desperdícios. O produtor rural também deve adotar métodos, visto que é um dos mais prejudicados com a seca.
“A população precisa estar preparada, principalmente o produtor rural que tem o rebanho e a plantação. O uso racional da água vai proporcionar que a gente passe esse período da melhor maneira”, concluiu.
Fonte:jornalopcao