Alvo de operação da Polícia Civil e do MP do Rio, a empresa Estrelar Web presta serviço de internet para escolas estaduais do Rio de Janeiro
A empresa Estrelar Web, alvo de uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (28/2), presta serviço de internet para a Secretaria de Educação do governo de Cláudio Castro.
A Estrelar Web, apesar de ser uma empresa legalizada pela Anatel, é usada para lavar dinheiro da milícia chefiada por Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho, segundo as investigações da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro.
A Secretaria de Educação repassou recursos públicos para quatro escolas estaduais pagarem a empresa ligada à milícia pelos serviços de telefonia e internet. Três delas ficam em bairros dominados pela milícia de Zinho, Santa Cruz e Inhoaíba. A outra é localizada na Penha, bairro na Zona Norte do Rio de Janeiro.
O valor pago pelas escolas estaduais pela internet variava de R$ 50 a R$ 159 mensais. O primeiro histórico de pagamento foi em abril de 2023 e o último, em dezembro do mesmo ano.
A operação deflagrada nesta quarta-feira é a primeira feita pelo Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra), grupo antilavagem de dinheiro criado pelo governo federal, pelo governo do RJ e pelos MPs estadual e federal.
A Justiça do Rio de Janeiro bloqueou todos os bens e o funcionamento das empresas que foram alvos, entre elas a Estrelar Web.
Procurada, a Secretaria de Educação se eximiu da responsabilidade de fiscalizar contratos das escolas estaduais. “Os recursos para contratação da internet para uso interno das unidades escolares são repassados diretamente às escolas, que têm autonomia para escolher a operadora que presta o melhor serviço na sua região”, respondeu a pasta à coluna.
Fonte: Metrópoles