Empresas mentiram sobre reciclagem de plástico, revela estudo

Um relatório de 68 páginas publicado recentemente choca ao revelar que as empresas produtoras de plástico sabiam que a reciclagem não era uma solução eficaz para lidar com o material, mas mantiveram esse conhecimento em segredo por décadas.

O estudo, que investigou principalmente petrolíferas e petroquímicas, denuncia que enquanto as companhias enalteciam práticas sustentáveis em suas campanhas publicitárias, nos bastidores, seus executivos sabiam que a reciclagem de plástico não era viável nem econômica nem tecnicamente.

Feito de petróleo, o plástico apresenta dificuldades consideráveis para ser reciclado. Seus milhares de componentes químicos não podem ser tratados juntos, e a separação desses componentes é quase impossível e extremamente cara.

Em outras palavras, produzir plástico novo pode ser mais barato do que reciclá-lo. Além disso, o material se degrada a cada vez que é usado, o que significa que só pode ser reutilizado uma ou duas vezes.

Diante do exposto, o estudo propõe uma mudança radical de paradigma: reduzir drasticamente a produção e o consumo de plástico.

Ao longo da história, menos de 10% do plástico do mundo foi reciclado. Estima-se que 12 milhões de toneladas desse material vão parar nos oceanos a cada ano.

O relatório é um duro golpe para a indústria do plástico e um chamado à ação para todos nós. É hora de repensar nossa relação com esse material e buscar alternativas mais sustentáveis.

O que podemos fazer?

  • Reduzir o uso de plástico descartável: opte por produtos com menor embalagem, leve suas próprias sacolas para as compras e evite itens de plástico de uso único, como canudos e copos descartáveis.
  • Reutilizar o plástico quando possível: utilize garrafas e recipientes de plástico várias vezes antes de descartá-los.
  • Reciclar corretamente: quando não for possível evitar o uso de plástico, certifique-se de descartá-lo na reciclagem.
  • Cobrar mudanças das empresas: pressione as empresas para que reduzam a produção de plástico e busquem alternativas mais sustentáveis.

FONTE:O HOJE

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