‘Era o negócio da família, o meu destino estava ligado ao futuro do Hamas’, diz filho de cofundador do grupo terrorista

Mosab Hassan Yousef, filho mais velho de Hassan Yousef, um dos fundadores do Hamas, trabalhou como espião do serviço de segurança interna de Israel durante anos. Ele foi testemunha da criação do grupo terrorista na própria casa, na Cisjordânia.

O Fantástico entrevistou com exclusividade Mosab Hassan Yousef, filho mais velho de Hassan Yousef, um dos fundadores do Hamas. Mosab foi testemunha da criação do grupo terrorista na própria casa, em Ramallah, na Cisjordânia.

“Era o negócio da família, o meu destino estava ligado ao futuro do Hamas. (…) O Hamas fornecia segurança, prestígio, status, todo o conforto. Então, o Hamas era tudo para mim”, relembra.

Apesar de o pai ser um respeitado e conhecido líder, o menino palestino não escapava de atos violentos: “Desde criança, eu não gostava da disciplina rígida deles, porque se você violar as leis do Hamas, será punido”.

“Para mim, o Hamas não era um grupo, era o projeto do meu pai. (…) Tive problemas com os princípios e a ideologia restrita do Hamas”, afirma.
Mosab diz que já foi espancado por diversos líderes do Hamas durante a infância.

“Uma vez, eu fui amarrado a um poste e chicoteado com o fio de um eletrodoméstico. (…) Eu tinha uns 8, 10 anos nessa época”, conta.
O trauma não o impediu de seguir os passos do pai: “Eu me tornei o seu braço direito”. Mas aos 18 anos, detido pelas Forças de Defesa de Israel, Mosab passou longos 16 meses numa penitenciária israelense. Na prisão, ele diz que viu integrantes do Hamas torturarem e matarem palestinos.

Essa percepção o levou a dizer sim para uma proposta que mudaria sua vida para sempre: ser espião do Shin Bet, o serviço de segurança interna de Israel, para prender terroristas do Hamas envolvidos em atentados com explosivos.

“Não me senti culpado porque me perguntei: ‘Como poderia estar errado ao salvar uma vida humana? Como isso poderia estar errado?’”, relembra.

No dia 7 de outubro, o grupo terrorista Hamas invadiu território de Israel e matou cerca de 1.400 pessoas e sequestrou cerca de 200, que foram levadas para a Faixa de Gaza. No mesmo dia, Israel declarou guerra ao Hamas e, até o momento, matou 12.300 pessoas na Faixa de Gaza, segundo o governo do Hamas (os números não puderam ser verificados de forma independente).

Fonte: Fantástico

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